Sociedade | 16-12-2023 12:00

Torres Novas debateu preconceitos e intervenção precoce na infância

Torres Novas debateu preconceitos e intervenção precoce na infância
Oradores da acção de sensibilização, vereador de Torres Novas, Joaquim Cabral, e alguns dos participantes

O tema “Sensibilizar para a inclusão” serviu de mote para uma conferência na Biblioteca Municipal de Torres Novas promovida por três especialistas na área social. Combater preconceitos e intervenção precoce na infância foram alguns dos assuntos em análise.

O autoconhecimento é o primeiro passo para a inclusão e deve ser visto como uma ferramenta poderosa para incentivar à reflexão sobre preconceitos, estereótipos e julgamentos em determinadas situações. Quem o diz é Patrícia Rebeca, psicóloga do município de Torres Novas, que dirigiu o painel “Autoconhecer-se e reconhecer para melhor (con)viver” integrado na acção “Sensibilizar para a Inclusão” que decorreu a 4 de Dezembro, na Biblioteca Municipal de Torres Novas, no âmbito das comemorações do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência.
A psicóloga começou por destacar a importância de ter em consideração as deficiências não visíveis que também dificultam a inserção da pessoa no local de trabalho ou na sociedade, como a diabetes, hipertensão, perturbações psicológicas (ansiedade, depressão), perturbação do espectro do autismo, hiperactividade, défice de atenção, entre outras. Patrícia Rebeca aconselha a parar, pensar e fazer uma introspecção para encarar melhorar as diferenças e eliminar os preconceitos, estereótipos e julgamentos precipitados. A empatia, acrescenta, é outra característica que pode ser trabalhada e que ajuda à inclusão e a fazer a diferença na vida das pessoas. “Não temos de ser todos iguais”, realça a psicóloga. Crianças com autismo, hiperactividade ou défice de atenção são quem, muitas vezes, tem ideias fora da caixa e se tornam mais-valias para a sociedade, vinca.

Intervir desde cedo
O segundo painel “De pequenino prevenir, para mais tarde sorrir” foi moderado por Luciana Tavares, da Equipa Local de Intervenção Precoce (Alcanena/Torres Novas) e assistente social, e abordou o tema da Intervenção Precoce na Infância (IPI). O Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância acompanha crianças desde o nascimento até à entrada no primeiro ciclo. O processo inicia-se com a comunicação formal aos serviços, que vão identificar as expectativas e necessidades da família e da criança para encontrarem respostas adequadas. Segue-se uma avaliação para perceber as preocupações, prioridades e recursos da família, conhecer as competências funcionais e características da criança para estabelecer objectivos. A família é envolvida durante todo o processo que se realiza em vários ambientes (casa, creche, jardim-de-infância). O principal objectivo é capacitar a criança, mas também a família e cuidadores.
Álvaro Brites, presidente da direcção do CRIT (Centro de Reabilitação e Integração Torrejano) falou sobre a história da instituição, destacando os seus marcos, áreas de actuação, respostas sociais, serviços e projectos. A missão é “educar, formar, reabilitar, incluir e integrar social e profissionalmente pessoas com deficiência e incapacidades e outros grupos desfavorecidos”, explicou. Têm cursos em funcionamento na instituição de formação e emprego com o objectivo de colocar os utentes em empresas ou instituições. “Independentemente da condição física ou mental todos temos capacidades e potencial”, realçou Álvaro Brites.

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