Sociedade | 20-12-2023 18:00

Homem que vivia numa barraca sem condições em Castanheira do Ribatejo foi alojado num lar

Homem que vivia numa barraca sem condições em Castanheira do Ribatejo foi alojado num lar
Quando O MIRANTE visitou Isidro Godinho este vivia numa barraca imunda e inundada de esgotos domésticos

Após ser notícia em O MIRANTE, Isidro Godinho conseguiu um final feliz para a sua história, as entidades locais actuaram e realojaram-no num lar em Alverca.

O homem da Castanheira do Ribatejo que foi notícia no último Verão por viver numa barraca imunda e inundada de esgotos domésticos junto à Estrada Nacional 1, em Castanheira do Ribatejo, foi realojado num lar em Alverca, onde vive desde Julho com todas as condições. Os serviços sociais também estão a tratar de lhe conseguir obter uma reforma condigna.
A informação é confirmada a O MIRANTE por António Gomes, vizinho que ajudou a expor o caso ao jornal na esperança que isso pudesse ajudar Isidro Godinho a sair da situação precária em que se encontrava. E ajudou mesmo, porque pouco depois da notícia ser publicada os serviços sociais da Câmara de Vila Franca de Xira, em conjunto com outros serviços da Segurança Social, começaram a preparar um plano de acção para poder dar melhores condições de vida a Isidro Godinho, que vivia numa barraca insalubre.
O caso, recorde-se, chocava a comunidade de Castanheira do Ribatejo, porque não havia quem quisesse valer ao morador sexagenário que não tem família nem recebia qualquer tipo de apoio. O cheiro pestilento a urina e fezes tornava quase irrespirável o ar dentro da barraca onde vivia. Uma das divisões da casa estava cheia de água imunda que saía de uma caixa de esgoto e para se circular entre a cozinha e o quarto de Isidro Godinho tinha de se mergulhar os pés nessa imundície. Um cenário desumano que na altura chocou António Gomes, vizinho, que alertou as autoridades para o problema e foi dos primeiros a tentar ajudar Isidro Godinho, que tem dificuldades na fala, a procurar uma solução e um tecto condigno.
Isidro Godinho viveu na barraca durante quase uma década e passou à margem das entidades que o poderiam ajudar. Foi novo para o Algarve, onde trabalhou com máquinas e foi servente de obras. Quando a firma faliu regressou a Castanheira do Ribatejo e à casa de familiares. Quando deu por si estava sem tecto e a ocupar um anexo abarracado a que chamava casa. Vivia da ajuda que recebia de um restaurante vizinho e do minimercado do bairro onde trabalha a mulher de António Gomes.
Isidro foi também enganado há três anos por um morador do concelho, que o levou para trabalhar no campo, não lhe pagava e ainda ficava com o dinheiro que este recebia de pensão, num caso de escravatura que os vizinhos dizem tratar-se de um caso de polícia.

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