Para Vila Franca de Xira o aterro sanitário da Valorsul já cheira mal
Depois das queixas da população agora foi a vez dos eleitos municipais criticarem também a crescente deposição de lixos em Mato da Cruz que estão a provocar maus cheiros quase constantes em Arcena e Bom Sucesso.
Continuam a ser depositadas grandes quantidades de lixo no aterro sanitário de Mato da Cruz, em Arcena, Alverca e depois das queixas da comunidade devido aos maus cheiros agora foi a vez dos eleitos municipais também juntarem a sua voz ao coro de protestos.
Na última assembleia municipal os eleitos da CDU e do CDS não deixaram passar a oportunidade de lamentar que o aterro sanitário ainda não tenha sido encerrado e exigiram uma posição mais dura da parte do município face ao problema. Ainda para mais, recorde-se, quando Vila Franca de Xira é um dos acionistas da Valorsul, a empresa que explora o aterro sanitário, onde detém uma participação de 4,61% sem direito a receber dividendos da exploração.
“É em Dezembro deste ano que vai ser selado o aterro? Todos os anos dizem que é em Dezembro e a realidade é que a situação piora e não é nada bom para quem reside no raio de contaminação dos resíduos depositados no aterro”, lamentou Filomena Rodrigues, eleita do CDS, na assembleia municipal realizada no Bom Sucesso, Alverca.
Também Dulce Arrojado, da CDU, lamentou que o executivo socialista não faça mais para defender a comunidade e em particular quem tem sofrido com os maus cheiros. “Passou-se um mandato, estamos com este a meio e o que estamos a ver não é caminharmos para o encerramento do aterro. Com um prazo de validade que está em muito ultrapassado e que tem sido prorrogado várias vezes”, criticou. Para a eleita da bancada comunista está a acontecer uma situação que classificou de inadmissível, “com filas de camiões de madrugada no caminho do Cabeço da Rosa para depositar os lixos sem qualquer tratamento ou valorização. “A população de Arcena e Bom Sucesso é fustigada com este mau estar causado pelo aterro, que gera odores insuportáveis que se têm agravado com este aumento do fluxo de trânsito e depósito naquele aterro”, lamentou.
* Notícia desenvolvida na edição semanal de O MIRANTE