Tomar debateu importância do ensino no desenvolvimento do concelho e da região
Iniciativa juntou dirigentes dos principais estabelecimentos de ensino do concelho de Tomar para debater a evolução e a importância de apostar na Educação para o desenvolvimento da região a todos os níveis.
O edifício dos Paços do Concelho de Tomar recebeu a conferência “Educação e Ensino Superior no concelho e na região” que trouxe para cima da mesa temas como o enquadramento histórico, panorama, evolução do ensino e necessidade de apostar na Educação para garantir o desenvolvimento da região. Maria Celeste Sousa, directora do Agrupamento de Escolas Nuno Santa Maria, Paulo Macedo, director do Agrupamento de Escolas Templários, Horácio Silva, director executivo da Escola Profissional de Tomar, e João Freitas Coroado, presidente do Instituto Politécnico de Tomar, partilharam o trabalho desenvolvido nas instituições que representam e falaram sobre os desafios do futuro.
Maria Celeste Sousa iniciou a conferência com um breve resumo do panorama escolar do agrupamento, o projecto educativo e os resultados que têm conquistado. A directora destacou a participação do agrupamento em iniciativas na cidade, sublinhando a proximidade que existe entre a Escola e a população, e a implementação do projecto Escola Aberta, uma iniciativa que pretende fortalecer os laços entre a comunidade escolar e os encarregados de educação.
Paulo Macedo falou ainda sobre o contexto do Agrupamento de Escolas Templários. No entanto, a maior preocupação do director incidiu sobre a necessidade que existe em melhorar os apoios na integração dos alunos, nomeadamente os que são de outras nacionalidades. Paulo Macedo apontou também algumas lacunas que influenciam o contexto escolar, como a falta de uma rede urbana concelhia de transportes que permita que os alunos que residam longe da sede de concelho possam ser transportados a tempo e horas. Outra preocupação do director do agrupamento é a falta de técnicos superiores e assistentes operacionais nas escolas. “Devemos olhar para a função dos assistentes operacionais e apostar na sua formação. Actualmente parece que qualquer cidadão que esteja no desemprego pode ser colocado com essas funções, mas é preciso outro rigor”, referiu Paulo Macedo.
Horácio Silva foi o terceiro orador da iniciativa. Explicou que muitos dos alunos que chegam à escola ainda não têm a sua orientação profissional bem definida e que essa é uma das missões do estabelecimento de ensino que preside. Horácio Silva não tem dúvidas de que os alunos que frequentam os cursos da Escola Profissional de Tomar adquirem ferramentas essenciais para aplicarem em contexto de trabalho e no dia-a-dia.
Parcerias são essenciais
João Freitas Coroado, presidente do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), acredita que após um processo de afirmação e reconhecimento, a rede politécnica é vista como uma rede de ciências aplicadas. O presidente da instituição não escondeu o orgulho pelo percurso do IPT e por o estabelecimento de ensino contar com os três principais graus de ensino superior (licenciatura, mestrado e doutoramento). João Coroado afirma que o ensino superior está associado a excelência, empregabilidade, competitividade, eficiência e empreendedorismo, factores fundamentais na sociedade e na realidade profissional. O presidente do IPT afirmou que o ensino superior é decisivo no desenvolvimento da economia e que é necessário promover o espírito de cooperação entre as instituições e o tecido empresarial da região.