Sociedade | 04-01-2024 17:19

Bombeiros da Castanheira sem socorro assegurado devido a macas retidas nos hospitais

Bombeiros da Castanheira sem socorro assegurado devido a macas retidas nos hospitais

Bartolomeu Castro, comandante da corporação, denuncia a O MIRANTE a falta de meios de hospitais para atender os doentes, que levam a que as macas dos bombeiros, ambulâncias e operacionais fiquem retidos durante longas, comprometendo o socorro.

As macas, ambulâncias e bombeiros retidos longas horas nos hospitais estão a retirar capacidade de socorro às corporações. É o caso dos Voluntários de Castanheira do Ribatejo, que esta quinta-feira, 4 de Janeiro, não têm tripulação disponível para responder a ocorrências de socorro pré-hospitalar devido à retenção de meios nos hospitais de Setúbal e Vila Franca de Xira. O alerta é deixado a O MIRANTE pelo comandante da corporação, Bartolomeu Castro, que não esconde a indignação com os tempos de espera e falta de meios, como macas, para atender os doentes.

Segundo o comandante uma das ambulâncias e respectivos tripulantes deram entrada com um doente no Hospital de Setúbal às 17h00 do dia de ontem, 3 de Janeiro, e ainda lá permanecem porque aquela unidade hospitalar não liberta a maca. A juntar ao cenário caótico “parece que querem que os bombeiros sirvam de maqueiros a transportar os doentes de serviço em serviço porque dizem que não sabem operar com as nossas macas”, declara Bartolomeu Castro.

Outra das ambulâncias encontra-se retida no Hospital de Vila Franca de Xira e a terceira, embora esteja no quartel, não pode operar por falta de tripulantes. “Se houver uma ocorrência o que faço? Toco a sirene e espero que alguém apareça?”, diz, revoltado e sublinhando que em Portugal os bombeiros fazem 85% dos serviços de socorro pré-hospitalares.

Liga quer bombeiros a cobrar por macas retidas em hospitais

As corporações de bombeiros vão começar a cobrar uma taxa aos hospitais por macas retidas a partir do dia 10 de Janeiro. A medida foi assumida pela Liga dos Bombeiros Portugueses e só poderá cair por terra se a Direcção Executiva do SNS apresentar uma alternativa que liberte as ambulâncias dos bombeiros que têm ficado retidas longas horas à porta dos hospitais. Segundo avançou esta quinta-feira o Jornal de Notícias, o valor da taxa pode chegar aos 150 euros.

*Notícia desenvolvida na próxima edição semanal de O MIRANTE

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