Trabalhar as dores e as emoções através da hipnose clínica
Deixar-se guiar numa espécie de sono terapêutico para chegar à raiz do problema é um processo vantajoso mas ainda escondido, mal compreendido e que não pode ser confundido com o hipnotismo.
A psicóloga e hipnoterapeuta Rosa Garrett fala desta técnica mais célere e benéfica a tratar traumas, fobias, distúrbios alimentares e usada até em quem quer deixar de fumar.
Foi depois de ano e meio a tratar com psicoterapia uma paciente com germofobia – medo exagerado da contaminação por germes, bactérias ou outros organismos invisíveis, que a psicóloga Rosa Garrett decidiu procurar uma alternativa terapêutica. Precisava de soluções mais céleres para aquela mulher que estava a ficar com a vida pessoal e profissional hipotecada devido ao quadro obsessivo-compulsivo que estava a desenvolver. Já “confiava na abordagem” da hipnose clínica e não hesitou por isso em procurar formação para poder exercer a técnica que leva os pacientes a um estado ampliado de consciência. “Com esta técnica descobri uma dimensão de trabalho com maior rapidez de intervenção nos casos para os quais é indicada e que leva a que as situações fiquem resolvidas, melhoradas e as pessoas recuperem a qualidade de vida”, começa por referir a psicóloga numa conversa com O MIRANTE a propósito do Dia Mundial do Hipnotismo, que se celebra a 4 de Janeiro.
Ao contrário do hipnotismo, prática associada ao mundo do espectáculo e do entretenimento, a hipnoterapia “tem um objectivo terapêutico associado”. Não se trata, esclarece, de a pessoa estar induzida e “fazer o que lhe mandam”, mas de “entrar num estado de relaxamento em que fica consciente e com controlo, mas mais permissiva a que sejam feitas algumas sugestões” que levam a um auto-conhecimento melhorado. “Tem que haver sempre uma base ética por parte de quem está a praticar a técnica, respeitar o indivíduo, os seus valores e princípios”, sublinha a psicóloga da Positiva.Mente, no Entroncamento.
*Notícia desenvolvida na próxima edição semanal de O MIRANTE