Centro Social da Carregueira em risco de fechar se não houver entendimentos
Presidente da direcção do Centro de Apoio Social da Carregueira afirma a O MIRANTE que os prejuízos são incomportáveis e que se não houver entendimento entre todas as partes, nomeadamente com a Câmara da Chamusca e Segurança Social, a instituição corre sérios riscos de fechar.
A direcção do Centro de Apoio Social da Carregueira (CASC) garante que se não houver diálogo e entendimentos entre todas as partes, a instituição corre o risco de fechar a curto prazo. Horácio Ruivo, presidente da direcção do CASC, explica que os prejuízos mensais continuam a rondar os muitos milhares de euros, situação que se está a tornar incomportável e que torna cada vez mais difícil manter a actividade regular da IPSS (Instituição Particular de Solidariedade Social). Recorde-se que o CASC dá resposta a cerca de 150 utentes, em regime de residência, domicílio e centro-de-dia, e tem nos seus quadros cerca de 70 funcionários.
As dificuldades financeiras que a instituição está a passar já foram notícia em O MIRANTE mais do que uma vez, numa altura em que a direcção da instituição e o município estavam de costas voltadas por causa de uma alegada dívida da autarquia para com o CASC. Horácio Ruivo afirma agora que existe intenção de voltar a dialogar com o município, presidido por Paulo Queimado (PS), para salvar a instituição e que é necessário todas as partes, incluindo a Segurança Social, chegarem a um entendimento para que seja possível continuar a apoiar a mais de uma centena de idosos. O conflito entre o CASC e a Câmara Municipal da Chamusca está nos tribunais e tem como principal causa, entre outras razões, as obras realizadas na ERPI (Estrutura Residencial para Pessoas Idosas) e as contrapartidas financeiras pela instalação de empresas no Eco Parque do Relvão. O CASC defende que, na altura da instalação das empresas, em 2000, o município prometeu que o lucro proveniente das quotas que possui das mesmas (2,5%) seria canalizado para o CASC e, posteriormente, para todas as instituições sociais do concelho, algo que nunca aconteceu. As responsabilidades continuam a ser descartadas, mesmo depois da Assembleia Municipal da Chamusca ter deliberado, há vários anos, a favor das contrapartidas financeiras.