Sociedade | 12-01-2024 07:00

Politécnico de Tomar e Câmara de Abrantes querem requalificar ESTA

Politécnico de Tomar e Câmara de Abrantes querem requalificar ESTA
FOTO ARQUIVO MIRANTE

Projecto de 8 milhões de euros para reabilitar antigas instalações da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes e concentrar no Parque de Ciência e Tecnologia todas as valências que actualmente se encontram dispersas em vários edifícios no centro da cidade. Financiamento pode vir do Fundo de Transição Justa.

O Instituto Politécnico de Tomar (IPT) e a Câmara de Abrantes querem apresentar uma candidatura conjunta ao Fundo de Transição Justa para a requalificação da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA), num investimento de 8 milhões de euros. O anúncio foi feito pelo IPT e pelo município. A proposta, a ser submetida ao Fundo de Transição Justa através da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro, pretende reabilitar a ESTA e agregar todas as valências da escola que actualmente se encontram dispersas em vários edifícios no centro da cidade.

Segundo o projecto, os edifícios afectos à nova Escola Superior de Tecnologia de Abrantes ficarão concentrados no espaço do Parque de Ciência e Tecnologia, que se situa em Alferrarede, agregando todas as valências que actualmente se encontram dispersas em vários edifícios no centro da cidade. “Não é uma nova escola, porque nós efectivamente já temos parte da ESTA, a parte laboratorial e de investigação científica, integrada no TagusValley – Parque de Ciência e Tecnologia de Abrantes. O que queremos é agora, adicionalmente, reabilitar e juntar espaços que estão disponíveis para formação profissional”, indicou o presidente do Politécnico de Tomar, João Coroado.

O objectivo deste investimento é “mitigar os efeitos sociais e económicos decorrentes do fecho da produção de energia a carvão” na central do Pego, em Abrantes. O IPT e a autarquia visam assim dotar “a sub-região do Médio Tejo de instalações adequadas e cursos superiores que possibilitem formação especializada através de capacitação destes ex-activos [da central do Pego] para novas actividades e ajudem a captar, fixar pessoas e a criar emprego”, indicou à agência Lusa o presidente do IPT.

Questionado sobre o montante de investimento necessário, o presidente do IPT disse que os cerca de 8 milhões de euros (ME) previstos “não servem só para a reabilitação da infraestrutura (edifício), como também para a necessidade de equipar espaços para a formação”, lembrando que o IPT e a Câmara de Abrantes já tinham um projecto em mãos para concentrar no Parque de Ciência e Tecnologia todas as valências da ESTA.

João Coroado disse ainda à Lusa ver “com muitos bons olhos” a candidatura ao Fundo de Transição Justa para esta pretensão de financiamento, afirmando que tal “permite, a curto médio prazo, ter o projeto desenvolvido” e poder avançar. “Porque o que está preparado, está licenciado, e já temos autorização por parte da Direcção-Geral do Ensino Superior, da DGES (…) Efectivamente falta-nos o financiamento que as duas instituições por si não têm disponível”, indicou.

O presidente da Câmara de Abrantes, por sua vez, disse à Lusa que “o encerramento da central termoelétrica a carvão deixou um rasto de perda significativa na economia” local e regional, que estimou em “muitos milhões de euros”, tendo defendido que “uma das formas de mitigar os prejuízos para toda a região será, seguramente, através do ensino superior, da capacitação de pessoas, do conhecimento, da ciência e da tecnologia”.

Nesse sentido, Manuel Jorge Valamatos, que também preside à Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, disse que é “uma excelente oportunidade aproveitar o Fundo de Transição Justa, um fundo europeu que pretende mitigar o impacto do encerramento da central”, para submeter a candidatura ao projecto. O projecto para requalificação da ESTA vai ser submetido e apresentado para aprovação em reunião do executivo da Câmara de Abrantes até final de Janeiro.

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