Sociedade | 16-01-2024 15:00

Repetem-se as queixas devido à falta de acessibilidades na estação ferroviária de Azambuja

Repetem-se as queixas devido à falta de acessibilidades na estação ferroviária de Azambuja
Estação ferroviária de Azambuja é muito utilizada inclusive por pessoas de concelhos vizinhos onde não pára o comboio

Avarias sistemáticas dos elevadores de acesso às plataformas na estação de Azambuja continuam a ser barreira inultrapassável para que tem mobilidade reduzida. Alertas do município à Infraestruturas de Portugal de nada valem e recentemente uma idosa ficou presa num dos equipamentos.

Há mais de um ano que as queixas dos utilizadores sobre as constantes avarias dos elevadores que dão acesso às plataformas da estação ferroviária de Azambuja se repetem, sem de nada valerem. O problema tem causado constrangimentos, sobretudo a quem tem mobilidade condicionada, e recentemente uma idosa ficou presa no interior de um dos equipamentos que voltou a avariar, tendo sido necessária a intervenção dos bombeiros. “Antes da véspera de Natal, os três elevadores estavam inoperacionais e continuam. Aquilo já não vai lá com remendos e reparações”, afirma José Manuel Caetano, que reiteradamente tem alertado a Câmara de Azambuja para o problema numa tentativa de esta pressionar a Infraestruturas de Portugal (IP), empresa pública responsável pelos equipamentos.
O munícipe relata casos de mães com filhos ao colo ou em carrinhos de bebé que para conseguirem chegar à plataforma para apanhar o transporte têm que pedir a outros utilizadores ajuda para subir e descer a longa escadaria. Uma barreira física para aqueles que se deslocam em cadeiras de rodas e igualmente um obstáculo para os que carregam malas de viagem. “A IP está-se nas tintas para resolver o problema”, atira José Caetano.
Perante as avarias sistemáticas, a IP tem efectuado várias reparações aos equipamentos que, num curto espaço de tempo, voltam a deixar de funcionar por já se encontrarem obsoletos. O MIRANTE voltou a questionar a empresa pública acerca do problema mas, mais uma vez, não obtivemos resposta até à data de fecho desta edição.
Alertas do município
têm caído em saco roto
O assunto voltou a ser abordado na última reunião do executivo camarário de Azambuja, com a vereadora do Chega, Inês Louro, a lamentar que o problema persista há anos apesar dos constantes alertas e de, inclusive, o município já ter comunicado as queixas à IP. “É uma situação que já nos envergonha; todas as pessoas com dificuldades de mobilidade que se vêem vedadas de, em pleno século XXI, apanhar o comboio”. Para Inês Louro falar já não basta; é preciso tomar “uma atitude verdadeiramente forte sobre esta matéria”, de modo a “não permitir que esta situação continue a acontecer na estação da sede de concelho onde as pessoas são impedidas de utilizar o transporte”.
Também o vice-presidente do município, António José Matos, que dirigiu os trabalhos da reunião devido à ausência do presidente, considera a situação problemática e de difícil resolução, apesar de a câmara ter “feito o que é possível” para que a IP arranje ou substitua aqueles equipamentos. O socialista partilhou ainda que a idosa que ficou “trancada” dentro de um dos elevadores avariados lhe ligou a pedir auxílio e que foi o próprio a contactar os bombeiros para que a fossem resgatar.

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