Sociedade | 21-01-2024 07:00

Obras nas Urgências do Hospital de Abrantes em ponto morto

Obras nas Urgências do Hospital de Abrantes em ponto morto
Urgências do Hospital de Abrantes tem tido uma afluência acima do normal - foto arquivo

A Comissão de Utentes do Médio Tejo considera inconcebível o arrastar do processo à realização das prometidas obras no serviço de Urgências de Abrantes e critica a burocracia do Estado.

A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUMST) lamenta o arrastar do processo relativo às obras nas Urgências do Hospital de Abrantes, faladas há anos e que continuam por executar. O porta-voz da CUMST recorda que o processo “arrasta-se há 20 anos”, tendo entretanto voltado “à estaca zero” por questões de ordem burocrática. “Uma situação que já devia ter tido intervenções há 20 anos e que, segundo a informação que temos, apesar de ter ido para o Tribunal de Contas, com a queda do Governo voltou à estaca zero e agora é preciso assinaturas dos secretários de Estado para resolver esta situação. Para nós é inconcebível que isto se passe”, salientou Manuel Soares.

A CUSMT vai lançar na segunda-feira, 22 de Janeiro, um abaixo-assinado pela valorização dos cuidados de saúde de proximidade. Em declarações à agência Lusa, Manuel Soares disse que “o momento é de análise, apresentação de propostas”, através do abaixo-assinado 'Por melhores cuidados de saúde', que "vai começar a circular na segunda-feira" e pretende envolver a população em soluções para “corrigir o que está mal e multiplicar o que está bem”.

Manuel Soares falava junto ao Hospital de Abrantes, no âmbito de uma iniciativa que passou também por Torres Novas e por Tomar, as três unidades hospitalares que integram a Unidade Local de Saúde (ULS) do Médio Tejo. “Há a ideia que muitas vezes ouvimos na opinião pública de que o Serviço Nacional de Saúde não faz nada, que é um caos. Nós dizemos: está a trabalhar e tem problemas para resolver”, afirmou.

O representante dos utentes apontou a “articulação dos diversos níveis de cuidados, as intermitências no funcionamento das urgências, a necessidade de mais recursos humanos, aumentar a eficácia das acções de prevenção e reforçar os cuidados de proximidade, com a reabertura das extensões de saúde encerradas ou sem cuidados médicos”, como exemplos do que há a melhorar.

No abaixo-assinado, os utentes defendem ainda a necessidade de “melhorar a frota de transporte para mais assistência domiciliária e inter-hospitalar, aperfeiçoar as telecomunicações e a informação e humanizar os serviços” de saúde. Como prioridades inscritas no abaixo-assinado, Manuel Soares referiu ainda o funcionamento das urgências (maternidade, pediátrica e geral]) "24 horas por dia/365 dias por ano, em articulação com cuidados primários e o SNS24, com objetivo de facilitar o acesso de todos os utentes a cuidados de saúde”.

Assinalando que o abaixo-assinado vai circular “num período de campanha eleitoral", Manuel Soares disse esperar que os candidatos a deputados nas eleições legislativas marcadas para 10 de Março “olhem para elas” e “contribuam para que sejam aplicados estes objectivos”.

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