A escrita e a juventude que precisa ser estimulada
O primeiro texto que escrevi, intencionalmente para publicação, foi em 1958, e foi publicado no boletim do Agrupamento de Escuteiros de Santarém.
O primeiro texto que escrevi, intencionalmente para publicação, foi em 1958, e foi publicado no boletim do Agrupamento de Escuteiros de Santarém. Com surpresa, ele não era assinado por mim, mas por um tal Labaredas. Quando confrontei o chefe do agrupamento, um padre, não só desvalorizou o facto como não se comprometeu a corrigir. Eu tinha 19 anos, ele foi para capelão da força aérea e no ano seguinte vim para Lisboa. Em 1961 encontrámo-nos no aeroporto, lembrei-o do sucedido, não se lembrava.
O escrever para mim é um exercício mental e depois de escrever centenas de relatórios sobre tecnologia, fui para voluntário, e a Isabel Jonet pôs-me a fazer o que eu tão bem sabia - relatórios de visitas a IPSS. No DN escrevi o artigo: “Não, senhor ministro”. Talvez a primeira denúncia sobre a intenção de Sócrates em tornar a Parque Expo numa empresa pública e manter assim a legião de socialistas com os seus tachos dourados. Foi depois no Público que me senti mais realizado a escrever sobre tecnologia e ou educação/formação, e tanto que a nossa juventude precisa de ser estimulada.
Somos um povo ímpar, apreciado pelo seu apego ao trabalho, mas também pela sua conduta cívica apesar de por vezes secundarizado pela língua ou formação profissional. Mas é a nossa cultura ternurenta e de boa convivência que nos dá tanta aceitação. Por isso o meu conselho aos jovens, preparem-se, estudem as matérias essenciais incluindo uma língua internacionalmente aceite. E se a aventura vos tentar vão sem receios ou complexos. Somos tão bons como os melhores mas, não se esqueçam, os vossos pais ficam e a melhor prenda para eles é uma chamada pelo WhatsApp. Sei por experiência, o meu neto estuda nos Estados Unidos da América e trabalha em Espanha.
Rui Figueiredo Jacinto