Sociedade | 23-01-2024 16:52

Desactivado Plano de Emergência para cheias na bacia do Tejo

Proteção Civil de Santarém constatou uma descida da altura hidrométrica do Tejo, consequência da diminuição dos caudais lançados pelas barragens, tendendo para uma normalização gradual do caudal do rio.

A Comissão Distrital da Proteção Civil de Santarém desactivou esta terça-feira. 23 de Janeiro, o Plano Especial de Emergência para Cheias na Bacia do Tejo, atendendo à “descida da altura hidrométrica do rio Tejo” e à “normalização gradual” dos caudais, divulgaram as autoridades.

A decisão, segundo comunicado da Proteção Civil de Santarém, foi tomada após se constatar uma “descida da altura hidrométrica do rio Tejo, consequência da diminuição dos caudais lançados pelas barragens, tendendo para uma normalização gradual” do caudal do rio Tejo, que mantém desde domingo uma tendência de descida.

Nesse sentido, indica a mesma nota, o presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil do Distrito de Santarém, “após análise da situação, determinou a desactivação do Plano Especial de Emergência para Cheias na Bacia do Tejo.

Na sexta-feira, 19 de Janeiro, a Comissão Distrital de Proteção Civil de Santarém accionou o Plano Especial de Emergência para Cheias na Bacia do Tejo no seu nível de Alerta Azul, o mais baixo de quatro, devido ao “aumento considerável dos níveis hidrométricos e caudais do rio Tejo”, causado pelas descargas das barragens de Fratel, Pracana e Castelo de Bode.

Naquele dia, essas barragens debitaram, em conjunto, valores superiores a 1.500 metros cúbicos/segundo (m3/s), com vários “picos” a serem registados entre aquele dia e domingo, o maior dos quais de 2.600 m3/s. O valor limite para activação do Plano Especial de Emergência para Cheias na Bacia do Tejo é de 1.500 m3/s.

“Os caudais têm vindo a diminuir, estamos com débitos mais baixos das barragens, e, atendendo a que deixou de chover, essa diminuição tem sido razoavelmente constante e a tendência é, a continuar desta forma, que em breve possamos deixar de ter um conjunto de situações, como estradas submersas”, disse na segunda-feira à Lusa o presidente da Comissão Distrital de Santarém da Proteção Civil, Pedro Ribeiro.

De acordo com a Proteção Civil, as barragens de Castelo do Bode, Fratel e Pracana, “em conjunto, estavam a debitar 2.600 m3/s às 20:00” de sexta-feira, o que provocou inundações em algumas zonas ribeirinhas e motivou o resgate de três pastores nas margens do Tejo, na zona de Alvega (Abrantes).

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