Sociedade | 24-01-2024 14:17

Deslizamento de terras deixa novo alerta para a instabilidade das encostas de Santarém

Deslizamento de terras deixa novo alerta para a instabilidade das encostas de Santarém

Parte de um passeio junto à estação ferroviária de Santarém abateu e deslizou para a Linha do Norte, alertando mais uma vez para o problema estrutural das barreiras de Santarém. São necessárias mais obras de consolidação, mas falta garantir o financiamento.

O deslizamento de terras que, no dia 19 de Janeiro, arrastou parte do passeio da Estrada Nacional 365 para a Linha do Norte, nas proximidades da estação ferroviária de Santarém, vem reafirmar a necessidade de dar continuidade à intervenção de salvaguarda das barreiras de Santarém. O alerta foi deixado pela concelhia do PCP e pelo Partido Ecologista “Os Verdes”, tendo sido sublinhado que a encosta de São Bento, sobranceira à zona da estação, é “uma das mais instáveis de todo o planalto escalabitano, identificada há muitos anos como de intervenção prioritária, contando há mais de dez anos com um projecto de execução de obras de consolidação”.

Para a concelhia de Santarém do PCP, a preservação das barreiras da cidade passa pela alteração do traçado da linha do Norte, reabilitação de toda a encosta e fim da pressão urbanística no topo superior das barreiras. Já o Partido Ecologista "Os Verdes" quer explicações sobre o estado das condutas de águas pluviais existentes na encosta. “Mais se exigem explicações da parte da Infraestruturas de Portugal e da Câmara Municipal de Santarém quanto ao sucedido, nomeadamente quais as causas concretas que estiveram na origem deste desabamento de terras”, concluem “Os Verdes”.

Recorde-se que a primeira fase de consolidação das encostas de Santarém está concluída mas há outras barreiras na cidade a necessitar de intervenção para evitar os deslizamentos de terras que tantos prejuízos têm causado nas últimas décadas. O presidente do município, Ricardo Gonçalves (PSD), tem-se referido frequentemente ao tema, apontando que são necessários pelo menos 11 milhões de euros para intervir nas encostas agora consideradas prioritárias, nomeadamente na estrada das Quebradas, na margem direita da ribeira de Alfange e na Ribeira de Santarém.

Trata-se de um montante avultado para o qual não tem sido encontradas linhas de financiamento quer do Governo quer da União Europeia. Em Setembro último, Ricardo Gonçalves apelou aos deputados eleitos pelo distrito de Santarém para que sensibilizassem o ministro do Ambiente para a necessidade de se conseguirem verbas no actual quadro comunitário de apoio.

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