Avaria leva Hospital de Santarém a recorrer a Torres Novas para preparar quimioterapia
Avaria em equipamento de preparação da medicação para quimioterapia obriga profissionais do Hospital de Santarém a deslocarem-se diariamente ao Hospital de Torres Novas para garantir essa resposta. Administração confirma a anomalia mas nega elevados tempos de espera para os utentes.
Os profissionais do Hospital Distrital de Santarém (HDS) têm de se deslocar duas vezes por dia, de manhã e de tarde, ao Hospital de Torres Novas para preparar a quimioterapia para os doentes oncológicos, soube O MIRANTE. A mesma fonte refere que o motivo é uma avaria num equipamento de preparação da medicação, situação que, segundo diz, se arrasta desde Setembro do ano passado. O MIRANTE pediu esclarecimentos à administração do hospital que confirma a situação, mas nega elevados tempos de espera aos utentes, uma vez que “os primeiros tratamentos são entregues de manhã e os seguintes de tarde”.
“A Unidade Local de Saúde (ULS) da Lezíria confirma que a unidade de preparação de citostáticos (produtos químicos utilizados em quimioterapia) do HDS apresenta alguns problemas estruturais que não permitem a total salvaguarda dos profissionais”, lê-se em resposta ao nosso e-mail. Na mesma mensagem explica-se que, “tendo em vista a defesa dos profissionais e a garantia do tratamento aos doentes oncológicos”, foi activado um plano de contingência, passando a preparar-se provisoriamente a medicação na Unidade Hospitalar de Torres Novas.
Segundo a administração do HDS, a reparação do equipamento vai durar cerca de seis meses, acrescida dos prazos obrigatórios para cumprimento dos procedimentos de contratação pública, situação que garante ser do conhecimento dos profissionais envolvidos. O Hospital de Santarém atende diariamente entre 30 a 40 doentes oncológicos. Em 2023 foram seguidos em tratamento 2.686 doentes oncológicos. A administração realça que os profissionais se deslocam à Unidade Hospitalar de Torres Novas em viatura do hospital com motorista e recebem horas extraordinárias.
A administração do HDS revela ainda que também já permitiu ao Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) a preparação dos seus fármacos em Santarém num período em que a câmara de fluxo laminar esteve avariada.