Sociedade | 26-01-2024 18:00

Obras nas Urgências do Hospital de Abrantes em ponto morto

Obras nas Urgências do Hospital de Abrantes em ponto morto

A Comissão de Utentes do Médio Tejo considera inconcebível o arrastar do processo à realização das prometidas obras no serviço de Urgências de Abrantes e critica a burocracia do Estado.

A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT) lamenta o arrastar do processo referente às obras nas Urgências do Hospital de Abrantes, faladas há anos e que continuam por executar. O porta-voz da CUSMT recorda que o processo “arrasta-se há 20 anos”, tendo entretanto voltado “à estaca zero” por questões de ordem burocrática. “Uma situação que já devia ter tido intervenções há 20 anos e que, segundo a informação que temos, apesar de ter ido para o Tribunal de Contas, com a queda do Governo voltou à estaca zero e agora é preciso assinaturas dos secretários de Estado para resolver esta situação. Para nós é inconcebível que isto se passe”, salientou Manuel Soares.
A CUSMT lançou na segunda-feira, 22 de Janeiro, um abaixo-assinado pela valorização dos cuidados de saúde de proximidade. Em declarações à agência Lusa, Manuel Soares disse que “o momento é de análise, apresentação de propostas”, através do abaixo-assinado ‘Por melhores cuidados de saúde’, que “vai começar a circular na segunda-feira” e pretende envolver a população em soluções para “corrigir o que está mal e multiplicar o que está bem”.
Manuel Soares falava junto ao Hospital de Abrantes, no âmbito de uma iniciativa que passou também por Torres Novas e por Tomar, as três unidades hospitalares que integram a Unidade Local de Saúde (ULS) do Médio Tejo. “Há a ideia que muitas vezes ouvimos na opinião pública de que o Serviço Nacional de Saúde não faz nada, que é um caos. Nós dizemos: está a trabalhar e tem problemas para resolver”, afirmou.
O representante dos utentes apontou a “articulação dos diversos níveis de cuidados, as intermitências no funcionamento das urgências, a necessidade de mais recursos humanos, aumentar a eficácia das acções de prevenção e reforçar os cuidados de proximidade, com a reabertura das extensões de saúde encerradas ou sem cuidados médicos”, como exemplos do que há a melhorar.
No abaixo-assinado, os utentes defendem ainda a necessidade de “melhorar a frota de transporte para mais assistência domiciliária e inter-hospitalar, aperfeiçoar as telecomunicações e a informação e humanizar os serviços” de saúde. Como prioridades inscritas no abaixo-assinado, Manuel Soares referiu ainda o funcionamento das urgências (maternidade, pediátrica e geral) “24 horas por dia/365 dias por ano, em articulação com cuidados primários e o SNS24, com o objectivo de facilitar o acesso de todos os utentes a cuidados de saúde”.
Assinalando que o abaixo-assinado vai circular “num período de campanha eleitoral”, Manuel Soares disse esperar que os candidatos a deputados nas eleições legislativas marcadas para 10 de Março “olhem para elas” e “contribuam para que sejam aplicados estes objectivos”.

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