Comandantes de 29 corporações de bombeiros solidários com camarada de Torres Novas
Todos os comandantes de corporações de bombeiros do distrito de Santarém, mais os de Alcoentre e Azambuja, no distrito de Lisboa, reconhecem José Pereira como pessoa responsável e honesta.
Os operacionais manifestam a sua solidariedade para com o comandante alvo de um processo disciplinar da direcção dos Bombeiros Torrejanos.
Os 27 comandantes de corpos de bombeiros do distrito de Santarém e os comandantes das corporações de Azambuja e Alcoentre estão solidários com o comandante dos Bombeiros Voluntários Torrejanos, José Pereira, suspenso pela direcção da associação humanitária. Os comandantes assinaram na segunda-feira, 22 de Janeiro, um manifesto no qual afirmam “publicamente o reconhecimento de José Pereira como pessoa humanamente responsável, íntegro, competente e honesto”.
Os signatários do documento realçam ainda as características técnicas e operacionais do comandante da corporação de Torres Novas dizendo que está bem preparado e formado. Acrescentam que José Pereira é uma pessoa “disponível e sempre presente nas operações, exercícios ou outros eventos, mostrando compreensão e conhecimento nas suas intervenções ou representações”. O manifesto termina com os seus camaradas a deixarem-lhe um “abraço forte, leal e solidário pela sua postura e compromisso operacional”.
A direcção dos Bombeiros Torrejanos levantou um processo disciplinar ao comandante alegando que este utilizava viaturas da corporação para fins particulares e ausências injustificadas. José Pereira está suspenso preventivamente das funções enquanto funcionário dos bombeiros, mas continua a assegurar o comando como voluntário. A direcção alega que durante a última época de incêndios o comandante se ausentou durante duas semanas, sem justificação.
O presidente da direcção dos bombeiros, Nuno Cruz, reconheceu que os desentendimentos com o comandante começaram em Maio do ano passado aquando da tomada de posse dos novos órgãos sociais. Alega a direcção que o comandante assumiu uma postura de “permanente oposição a todas as mudanças sugeridas” que tinham como objectivo a “melhoria das condições operacionais e de trabalho dos bombeiros”. José Pereira é acusado de ser incapaz de manter a união e motivação no corpo de bombeiros. A direcção diz que a ausência do comandante em Agosto sem ter nomeado um substituto é uma situação ”negligente e inaceitável”.