Sociedade | 29-01-2024 15:00

Comandantes de 29 corporações de bombeiros solidários com camarada de Torres Novas

Comandantes de 29 corporações de bombeiros solidários com camarada de Torres Novas
29 corporações de bombeiros estão solidárias com José Pereira, comandante dos Bombeiros Torrejanos, que foi suspenso pela direcção da associação humanitária

Todos os comandantes de corporações de bombeiros do distrito de Santarém, mais os de Alcoentre e Azambuja, no distrito de Lisboa, reconhecem José Pereira como pessoa responsável e honesta.

Os operacionais manifestam a sua solidariedade para com o comandante alvo de um processo disciplinar da direcção dos Bombeiros Torrejanos.

Os 27 comandantes de corpos de bombeiros do distrito de Santarém e os comandantes das corporações de Azambuja e Alcoentre estão solidários com o comandante dos Bombeiros Voluntários Torrejanos, José Pereira, suspenso pela direcção da associação humanitária. Os comandantes assinaram na segunda-feira, 22 de Janeiro, um manifesto no qual afirmam “publicamente o reconhecimento de José Pereira como pessoa humanamente responsável, íntegro, competente e honesto”.
Os signatários do documento realçam ainda as características técnicas e operacionais do comandante da corporação de Torres Novas dizendo que está bem preparado e formado. Acrescentam que José Pereira é uma pessoa “disponível e sempre presente nas operações, exercícios ou outros eventos, mostrando compreensão e conhecimento nas suas intervenções ou representações”. O manifesto termina com os seus camaradas a deixarem-lhe um “abraço forte, leal e solidário pela sua postura e compromisso operacional”.
A direcção dos Bombeiros Torrejanos levantou um processo disciplinar ao comandante alegando que este utilizava viaturas da corporação para fins particulares e ausências injustificadas. José Pereira está suspenso preventivamente das funções enquanto funcionário dos bombeiros, mas continua a assegurar o comando como voluntário. A direcção alega que durante a última época de incêndios o comandante se ausentou durante duas semanas, sem justificação.
O presidente da direcção dos bombeiros, Nuno Cruz, reconheceu que os desentendimentos com o comandante começaram em Maio do ano passado aquando da tomada de posse dos novos órgãos sociais. Alega a direcção que o comandante assumiu uma postura de “permanente oposição a todas as mudanças sugeridas” que tinham como objectivo a “melhoria das condições operacionais e de trabalho dos bombeiros”. José Pereira é acusado de ser incapaz de manter a união e motivação no corpo de bombeiros. A direcção diz que a ausência do comandante em Agosto sem ter nomeado um substituto é uma situação ”negligente e inaceitável”.

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