Transmitir informação correcta sobre saúde é prioridade dos profissionais do Médio Tejo
Profissionais estiveram na Biblioteca Gustavo Pinto Lopes, em Torres Novas, numa formação sobre cuidados a ter com crianças e jovens e manobras em casos de paragem cardio-respiratória. Especialistas dizem que pesquisa de informações sobre saúde na internet pode gerar preocupação desnecessária e comprometer prestação de cuidados nas unidades de saúde.
O excesso de informação disponível hoje em dia é uma preocupação para os profissionais de saúde. Ana Paulo e Beatriz Silva, internas de Pediatria no Hospital de Torres, acreditam que a informação em excesso disponível à população em vez de ajudar confunde mais. As duas profissionais da Unidade Local de Saúde (ULS) do Médio Tejo estiveram com o enfermeiro Bruno Carvalho na Biblioteca Municipal de Torres Novas para dar uma formação sobre cuidados a ter com crianças e jovens.
Bruno Carvalho é enfermeiro especializado em pediatria, estando há 15 anos nas urgências pediátricas do Hospital de Torres Novas. “Houve uma paragem após a pandemia e agora estamos a retomar. Fazemos formações em escolas e espaços públicos para pais, professores e técnicos, mas também para crianças e jovens dos quatro até aos 18 anos” diz o enfermeiro, explicando que o objectivo é transmitir conhecimentos de suporte básico de vida e reanimação. Os três profissionais de saúde acreditam que a população tem falta de conhecimentos e pouco acesso à informação correcta. “É como se costuma dizer, casa assaltada, trancas à porta. As pessoas não estão despertas para este tipo de conhecimentos porque acham que nunca vão precisar, mas é muito importante estarem prevenidas” alertam.
Texto desenvolvido na próxima edição impressa de O MIRANTE