ULS do Médio Tejo tem 200 milhões para melhorar prestação de cuidados de saúde à população
Presidente do conselho de administração da ULS Médio Tejo garantiu que não estão previstos constrangimentos nos serviços de urgência em Fevereiro. Casimiro Ramos apresentou objectivos da unidade para 2024, que tem previsto um orçamento de cerca de 200 milhões de euros.
Os três serviços de urgência geral da Unidade Local de Saúde do Médio Tejo (ULSMT) e o serviço de urgência pediátrica não deverão sofrer constrangimentos no mês de Fevereiro. A informação foi dada por Casimiro Ramos, presidente do conselho de administração da ULSMT, durante a apresentação do novo modelo organizacional, onde também fez o balanço assistencial do ano transacto.
Maior acessibilidade, integração, inovação e humanização dos cuidados de saúde são objectivos definidos na nova unidade, que está em funcionamento desde o início de Janeiro e que tem previsto um orçamento de cerca de 200 milhões de euros para 2024. A unidade inclui os hospitais de Abrantes, Tomar e Torres Novas e 35 unidades funcionais de cuidados de saúde primários, dando resposta a mais de 170 mil utentes dos concelhos envolventes. a unidade incorpora agora cuidados de saúde primários, cuidados hospitalares e saúde pública para uma melhor coordenação e organização dos serviços de saúde. A internalização das ecografias obstétricas e rastreios bioquímicos na gravidez de risco para evitar a realização em entidades externas ou privadas, a criação de um projecto de educação para a parentalidade e o acompanhamento de recém-nascidos prematuras após alta de neonatologia, são exemplos das 32 medidas prioritárias de implementação na ULSMT para este ano, que pretendem garantir maior eficiência na prestação de cuidados de saúde à população.
A criação de apoio intensivo à cessação tabágica, a criação do hospital de dia e consulta de insuficiência cardíaca, a intervenção pioneira em dor crónica e a promoção à investigação através do centro de investigação da ULS, que será inaugurado no mês de Fevereiro, também são objectivos. Em curso está a instalação de postos de recolha para análises clínicas nas unidades de cuidados de saúde primários para a internalização de grande parte das análises clínicas, radiologia convencional e TAC, possibilitando a poupança de quase 1,6 milhões de euros em 2024.
Apesar do período conturbado relativamente ao preenchimento das escalas, o presidente do conselho de administração refere que em Janeiro as urgências básicas de Torres Novas e Tomar só fecharam três noites, altura em que se regista uma média de oito a 12 atendimentos, enquanto que a urgência de Abrantes nunca encerrou.
Relativamente ao balanço dos resultados do antigo Centro Hospitalar do Médio Tejo, em 2023 teve o melhor desempenho económico-financeiro dos últimos anos, no valor negativo de 10,1 milhões de euros, apesar do aumento dos gastos com o pessoal em cerca de seis milhões euros e dos consumos clínicos em 1,1 milhão de euros.