Sociedade | 04-02-2024 10:00

Comerciantes dizem que Mercado do Entroncamento já foi pior

Comerciantes dizem que Mercado do Entroncamento já foi pior
Júlia Correia ,Célia Crispim e Adelina Cabrita

Falta de higiene, limpeza e manutenção do interior e do espaço envolvente do mercado, tem sido tema recorrente nas reuniões de câmara.

O MIRANTE esteve no local e falou com três vendedoras que admitem alguns problemas, mas dizem que o mercado tem manutenção e que as obras de requalificação ajudaram a dar outra cara ao espaço.

O Mercado Municipal do Entroncamento tem sido tema recorrente nas reuniões camarárias. A oposição social-democrata tem vindo a falar em falta de manutenção e cheiro a urina na envolvente do edifício. O MIRANTE fez uma visita ao local e falou com alguns comerciantes que admitem haver problemas, mas que dizem já ter sido bem pior. Júlia Correia, Adelina Cabrita e Célia Crispim confirmam que há maus cheiros, mas garantem que tem havido manutenção quase diária das instalações e que as obras de requalificação em 2019 ajudaram a melhorar o espaço.
Célia Crispim está há 20 anos no mercado, sendo a mais recente. Tem uma pequena loja com vários produtos desde tripas para fazer enchidos, pimentão avulso, pão, bebidas e produtos alimentares e de higiene pessoal. Júlia Correia começou no mercado há 34 anos com os seus sogros e hoje tem um dos maiores espaços de venda de frutas, legumes e hortaliças. Adelina Cabrita vende produtos de charcutaria e queijos há 40 anos. As três vendedoras concordam que o mais importante é ter bons produtos e simpatia para os clientes.
Sobre as condições do mercado, Adelina Cabrita fala em problemas de humidade em algumas paredes e pilares do local. Célia Crispim não tem razões de queixa. “Hoje em dia, seja com a qualidade dos produtos ou dos espaços e das instalações, as pessoas têm sempre algo a dizer, estão muito exigentes. Às vezes, parece que quanto mais se tem, mais se quer” remata. O que é mais evidente é a redução dos comerciantes. O dia com mais vendedores é ao sábado, onde a maioria é de fora do concelho. As três comerciantes acreditam que as grandes superfícies comerciais sejam a principal causa de abandono do negócio.
“Os grandes estabelecimentos apareceram com preços que não podemos competir. Depois outros comerciantes foram envelhecendo e perdendo a capacidade de tomar conta dos negócios” afirma Célia Crispim, acrescentando que a falta de união e espírito de camaradagem entre comerciantes não ajuda à promoção dos negócios. Apesar de já ter vários clientes habituais e ir aumentando, gradualmente, os que começam a consumir os seus produtos, Adelina Cabrita diz que o mês de Janeiro nunca é bom para as vendas. “Estou aqui desde as seis e meia até às duas da tarde, todos os dias, excepto aos dias em que o mercado está encerrado. Há dias melhores e piores mas janeiro é sempre o mês mais difícil” explica.

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