Comandante dos Bombeiros Torrejanos nega uso indevido de meios e de ter falhado com obrigações
Suspenso de funções pela direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Torrejanos, José Pereira nega as acusações de que tem sido alvo e sublinha que continuará a exercer o cargo de comandante da corporação.
O comandante dos Bombeiros Voluntários Torrejanos, José Pereira, que está suspenso de funções pela direcção daquela associação humanitária, negou em comunicado que tenha feito uso indevido de quaisquer bens que sejam pertença da AHBVT ou violado qualquer obrigação que lhe compete no exercício das suas funções. “São falsos todos os factos que me são imputados”, reiterou na nota escrita já depois de se ter realizado uma sessão de esclarecimentos aos sócios promovida pela direcção da AHBVT e na qual diz não ter sido prestado qualquer esclarecimento cabal acerca da decisão da não renovação do seu cargo.
José Pereira refere que é precisamente por não ter estado em incumprimento com as suas obrigações ou ter usado indevidamente bens da associação que recorreu da decisão da direcção presidida por Nuno Cruz, de não o reconduzirem ao cargo de comandante, não renovando a sua comissão de serviço. Os factos, sublinha, serão discutidos no tribunal, “não existindo até ao momento qualquer decisão definitiva do tribunal” pelo que continua a exercer as suas funções de comandante da corporação torrejana.
No comunicado José Pereira aproveita ainda para agradecer à população de Torres Novas, aos sócios da Associação Humanitária dos Bombeiros Torrejanos, ao corpo de bombeiros e aos comandantes de várias corporações do distrito e de distritos vizinhos pelo apoio que lhe têm dado. Recorde-se que 27 comandantes de corpos de bombeiros do distrito de Santarém e os comandantes das corporações de Azambuja e Alcoentre demonstraram a sua solidariedade para com o comandante dos Torrejanos, assinando um manifesto no qual afirmam “o reconhecimento de José Pereira como pessoa humanamente responsável, íntegro, competente e honesto”.
Por sua vez, alega a direcção que o comandante assumiu uma postura de “permanente oposição a todas as mudanças sugeridas” que tinham como objectivo a “melhoria das condições operacionais e de trabalho dos bombeiros”. José Pereira é acusado de ser incapaz de manter a união e motivação no corpo de bombeiros, do uso indevido de meios e de se ter ausentado em Agosto, durante a época de incêndios, sem ter nomeado um substituto, o que configura uma situação “negligente e inaceitável”.