Sociedade | 09-02-2024 18:00

Golegã quer construir açude no rio Almonda em Azinhaga

Golegã quer construir açude no rio Almonda em Azinhaga

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) rejeitou o projecto do município da Golegã para a construção de um açude sazonal no rio Almonda. Autarquia pretende manter o espelho de água para evitar consequências das secas para a biodiversidade, agricultura e desenvolvimento económico da comunidade.

A Câmara Municipal da Golegã e a Agrotejo – União Agrícola do Norte do Vale do Tejo estão empenhadas em tirar proveito do rio Almonda, tendo projectado um açude sazonal para alcançar a manutenção do espelho de água do rio que, pelas alterações climáticas, tem secado nos últimos verões. Apesar dos esforços e pedidos de autorização à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR LVT) e à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), esta última emitiu parecer desfavorável ao projecto, alegando consequências para a Reserva Natural do Paul do Boquilobo, na bacia hidrográfica do rio Almonda.

Segundo o município, a APA justificou a sua decisão, em Agosto de 2023, com o argumento de que a instalação do açude pode colocar em causa o Regime Jurídico da Rede Ecológica Nacional, por razões como a segurança de pessoas e bens, a garantia das condições naturais de infiltração e retenção hídricas ou mesmo a manutenção da fertilidade e capacidade produtiva dos solos inundáveis. Em comunicado, o município garante que mantém a sua pretensão em instalar o açude no rio Almonda, através de uma solucção permanente ou amovível, com “o único objectivo de manter um espelho de água fundamental para a freguesia da Azinhaga”, uma vez que a seca tem “graves consequências para a biodiversidade, agricultura e desenvolvimento económico da comunidade da Azinhaga”.

Texto desenvolvido na próxima edição impressa de O MIRANTE.

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