Sociedade | 11-02-2024 18:00

Na escola “Sons do Alviela” aprende-se música e a ser melhor pessoa

Na escola “Sons do Alviela” aprende-se música e a ser melhor pessoa
Na escola de música “Sons do Alviela”, em São Vicente do Paúl, vive-se um bom ambiente e a paixão pela música

O centro pastoral de São Vicente do Paúl acolhe uma escola de música que também tem como propósito ajudar a desenvolver as competências sociais e emocionais dos seus alunos. A “Sons do Alviela” foi fundada em 2009 e tem uma ligação muito próxima com a comunidade local.

A escola de música “Sons do Alviela”, projecto paroquial na freguesia de São Vicente do Paúl, concelho de Santarém, iniciou oficialmente em Setembro de 2009. Foi o desafio proposto pelo pároco Ricardo Madeira à professora Sónia Lopes que a fez reunir um conjunto de alunos com vontade de aprender a tocar instrumentos musicais. Dentro do centro pastoral toca-se violino, guitarra clássica, piano, bateria, entre outros. Também existe aulas de formação musical e canto.
Sandra Galvão, técnica de contabilidade e actual gestora da escola, começou como aluna, mas é com um verdadeiro sentido de missão que ajuda actualmente na coordenação da escola, afirma a O MIRANTE, que acompanhou uma tarde de aulas. Residente em São Vicente do Paúl, diz que a escola recebe alunos de várias freguesias do concelho e que o seu grande objectivo é garantir uma aprendizagem que combine a exigência, o convívio e o respeito entre alunos e professores. “É um projecto que tem valido muito a pena ao longo destes mais de dez anos”, sublinha.
Neste momento a escola conta com cerca de duas dezenas de alunos inscritos, com idades entre os cinco e os 20 anos. A “Sons do Alviela” é um projecto auto-suficiente que consegue algumas receitas em eventos como as Tasquinhas do Alviela, onde participa anualmente. Os encarregados de educação também contribuem com algumas verbas, mediante as suas capacidades financeiras. As aulas particulares permitem que os alunos possam ter uma evolução adaptada ao seu ritmo de aprendizagem, corrigindo falhas à medida que vão praticando os respectivos instrumentos. A escola funciona como base de introdução à música dando ferramentas que podem ser úteis caso o aluno queira prosseguir a sua formação musical noutro local.
No período anterior à pandemia, a escola realizou espectáculos no evento “Abrilarte”, em Santarém, e também na mostra de doces conventuais no Museu Diocesano de Santarém. Os convívios com a população local decorrem na Casa de Convívio onde, para além de almoços e jantares, são realizadas actuações pelos alunos com o auxílio dos professores. Nos convívios também são angariados fundos que ajudam à continuidade do projecto.

Uma verdadeira família
Micael Toito, natural da Azinhaga, é professor de bateria na escola e pertence à banda da Polícia de Segurança Pública, sediada em Lisboa, que integrou após ter estado sete anos no exército. Estudou música durante três anos na Escola Profissional de Artes da Covilhã e diz que a “Sons do Alviela” é uma verdadeira família. “Conciliar a vida militar com a música para mim sempre foi o meu maior sonho”, revela ao nosso jornal. Ao lado de Micael Toito está Vicente Galvão, de18 anos, aluno de primeiro ano do curso de Ciências da Educação na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra. Antes de integrar a escola nunca tinha tocado bateria. Actualmente o jovem baterista integra a banda “Impacto” composta por alunos da escola, como Ana Beatriz, de 19 anos, aluna de segundo ano da Escola Superior de Saúde de Santarém que toca piano e participa nas aulas de canto. A vocalista da banda “Impacto” diz que o projecto lhes permite treinar a capacidade de improvisação, para além de garantir sempre grandes momentos de convívio e boa-disposição.

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