Sociedade | 13-02-2024 18:00

Ser idoso não é o mesmo que estar em fim de vida

Ser idoso não é o mesmo que estar em fim de vida
Fórum do Envelhecimento discutiu estratégias para responder às necessidades dos mais velhos

Município de Ourém realizou novamente o Fórum do Envelhecimento com o objectivo de contribuir para ajudar técnicos que trabalham na área.

Gestão de conflitos e integração da ética na liderança são práticas que contribuem para a felicidade e para a existência de uma boa relação entre idosos e equipas de trabalho.

O Fórum de Envelhecimento, promovido pelo município de Ourém, teve como principal objectivo contribuir com estratégias que ajudem a responder às necessidades formativas manifestadas pelos técnicos e colaboradores da área. O fórum teve como temáticas a gestão de conflitos e questões éticas na liderança, que foram abordadas por especialistas. A abertura da sessão contou com a intervenção de Micaela Durão, vereadora com o pelouro da Acção Social e Saúde, que destacou a necessidade de mudar mentalidades na forma como se encaram os idosos, reconhecendo o trabalho das instituições que actuam na área.
Albertina Rua, formadora sénior e coach do projecto Meraqi, abordou a temática de gestão de conflitos, começando por evidenciar como um idoso é encarado na sociedade em “fim de vida”. Questões de autoridade, situações de stress, diferenças entre pessoas como valores e traços de personalidade ou até diferentes interpretações e mal-entendidos, são alguns dos factores que estão na origem de conflitos, explicou Albertina Rua. Questionar é a chave para a resolução de conflitos, acrescentou. Nesse sentido, a especialista esclarece que as cinco etapas para a gestão de conflitos envolvem neutralizar emoções, explorar causas e clarificar o problema, definir um resultado desejável para ambos, considerar alternativas possíveis e escolher a melhor solução, implementar e avaliar. Concluiu alertando para a necessidade de fomentar a empatia através da cordialidade, compreensão, interpretação do contexto, escuta atenta e evitando julgamentos.

Isolamento social no envelhecimento
O moderador do Fórum do Envelhecimento, António Castanheira, Chefe de Serviço de Acção Social e Saúde do município de Ourém, explicou a O MIRANTE que o único apoio de muitos idosos no concelho é a extensa rede social, composta por uma equipa de acção social, 34 lares, centros de dia, serviços de apoio domiciliário, a Guarda Nacional Republicana, projectos como o “Ombro Amigo” e as juntas de freguesia, que também fazem um trabalho de proximidade e sinalizam pessoas com dificuldades. O isolamento de alguns idosos pode contribuir para dificuldades na gestão emocional, que também tem acontecido nos jovens em consequência dos dispositivos digitais, afirmou, alertando para o risco de depressão, ansiedade e demências.

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