Mulheres que quebram preconceitos em profissões associadas aos homens
Instituto Politécnico de Tomar foi palco do testemunho de mulheres que admitem não gostarem de estereótipos e que exercem com orgulho profissões habitualmente associadas a homens. Carla Cardoso trabalha numa oficina, Andreia Mendes é bombeira e Sandra Mesquita é motorista de pesados de passageiros.
Carla Cardoso, 33 anos, veio do Brasil há dois anos com o marido e filhas e é bate-chapas numa oficina em Tomar. Foi uma das mulheres que deu o seu testemunho numa iniciativa realizada no Instituto Politécnico de Tomar, que visou contribuir para a desconstrução de preconceitos e para a igualdade de género nas profissões. Carla Cardoso trabalhou como costureira e na restauração. Em 2021 descobriu um curso gratuito de bate-chapas, tornando-se a segunda mulher a frequentar o curso no Brasil em 10 anos. Quando chegou a Portugal disseram-lhe que as mulheres só trabalhavam em restauração ou em casa, mas Carla Cardoso estava determinada em trabalhar numa oficina e foi pedir emprego a uma empresa de Tomar.
As mulheres que fazem a diferença
Ao longo do dia, o seminário no Instituto Politécnico de Tomar recebeu vários testemunhos de mulheres, da região e não só, que fazem e fizeram a diferença nas suas áreas de actividade. No painel de oradoras esteve uma geóloga mineira, Ana Maria Antão, uma professora de Matemática no IPT, Ana Nata, uma magistrada do Ministério Público, Joana Marques Vidal, uma oficial da Marinha Portuguesa, Mónica Martins, e uma sondadora mineira, Lucinda Batista.
Artigo desenvolvido na próxima edição impressa de O MIRANTE