Equipamentos danificados e refeições no Centro Escolar de Samora Correia motivam queixas
Encarregada de educação garante que o lanche servido às crianças é insuficiente e que quando chove não se pode utilizar o recreio por causa dos buracos, lama e falta de telheiro.
O Centro Escolar de Samora Correia tem vários equipamentos danificados e a falta de um telheiro no recreio impede que as crianças brinquem no exterior quando chove. A situação foi reportada por Deolinda Gomes, encarregada de educação, que considera ainda que sete funcionárias não são suficientes para as 250 crianças que frequentam a escola. “Os estores não descem e o recreio está irregular, com buracos que ficam alagados quando chove. A escola não tem pavilhão nem telheiro para as crianças brincarem e quando chove ficam reduzidas ao corredor”, afirmou.
No parque exterior o baloiço está partido e o escorrega precisa de ser substituído, mas as crianças têm acesso ao espaço porque a Câmara de Benavente não selou o parque. “As funcionárias chegaram a abrir pacotes de batatas fritas e latas de salsichas para pôr no prato porque não chegavam as refeições. Ao lanche, às 15h30, dão um pão minúsculo às crianças que passado duas horas já têm fome. Falei com a professora e existe ementa do lanche que não estava no site da câmara nem os pais tinham conhecimento”, refere Deolinda Gomes.
Segundo a vereadora com o pelouro da Educação na Câmara de Benavente, Catarina Vale, existem duas técnicas para as refeições escolares e muitos funcionários nos centros de confecção e refeitórios que reportam tudo o que não está em conformidade. A autarca explica que por causa de alguns alunos não se terem inscrito para o almoço, à última hora houve necessidade de fornecer uma refeição de recurso aos alunos que foram surgindo, isto na Escola Professor João Fernandes Pratas. “As nossas técnicas consideram que este pão é suficiente para o lanche e em caso de necessidade podem duplicar a dose. A informação é que não tem sido necessário esse reforço e às vezes as crianças nem querem comer tudo. Não é possível colocar mais funcionárias do que aquelas que estão definidas pelo rácio”, diz a autarca.
Catarina Vale acrescenta que os coordenadores das escolas têm disponível uma plataforma para reportarem todos os equipamentos que precisam de ser reparados. As intervenções não são imediatas e funcionam por prioridades definidas pelos técnicos da autarquia, por isso “é natural que se arrastem”. Os problemas com as empreitadas nos centros escolares de Samora Correia e Benavente foram para tribunal e a câmara garante que só agora é que podem substituir o mecanismo dos motores dos estores, equipamentos que se danificam facilmente. Já o vereador Hélio Justino afiançou que o escorrega deverá ser instalado em breve no Centro Escolar de Samora Correia.
A directora do Agrupamento de escolas de Samora Correia, Luísa Carvalho, esclarece a O MIRANTE que no âmbito da alimentação servida em jardins-de-infância e escolas de 1.º ciclo, nunca faltaram refeições escolares. “Excepcionalmente, verificou-se que, nos refeitórios da Escola Básica de Porto Alto e Escola Básica e Secundária Professor João Fernandes Pratas ocorreu a necessidade de servir refeições de recurso, nomeadamente batatas fritas com salsichas, uma vez que muitos alunos não requisitaram/marcaram oportunamente a refeição na plataforma SIGA. Esta é uma situação excepcional e que resulta exclusivamente deste factor, já se verificaram situações de mais 40 alunos sem requisição/marcação de refeições”. Luísa Carvalho diz ainda que sempre que surge um equipamento danificado é reportado para ser substituído ou reparado.