Sociedade | 18-02-2024 12:00

O Ford Cortina com mais de um milhão de quilómetros e histórias para contar

O Ford Cortina com mais de um milhão de quilómetros e histórias para contar
Davide Susca continua a preservar o Ford Cortina Lotus (Mk2) que herdou do pai

Davide Susca, de origem italiana, reside na Ereira e participou no Classic Auto Cartaxo com um Leyland Mini Van, de 1975. Mas foi longe dos olhares dos mais curiosos que estava a sua maior relíquia, um Ford Cortina com mais de um milhão de quilómetros.

O Classic Auto Cartaxo, que decorreu no primeiro fim-de-semana de Fevereiro, atraiu centenas de amantes de carros clássicos ao Pavilhão Municipal de Exposições do Cartaxo, que recebeu ainda motas antigas, bicicletas e expositores com uma vasta oferta de peças para os automobilistas. A Associação dos Promotores de Eventos, do concelho de Caldas da Rainha, organizou o evento que contou com o apoio da Câmara do Cartaxo. O MIRANTE conversou com o amante de clássicos Davide Susca, de 53 anos, que tinha um dos seus clássicos em exposição. Natural de Itália e artista plástico, procurou Portugal há 20 anos estando actualmente a viver na Ereira, concelho do Cartaxo.
Davide Susca participou com o seu Leyland Mini Van azul-claro, de 1975, comprado e restaurado em Portugal há oito anos. Longe dos olhares estava o carro do pai, do qual guarda as melhores memórias, um Ford Cortina Lotus (Mk2), de 1968. Um automóvel com cerca de 1,2 milhões de quilómetros, cujo motor foi refeito quatro vezes. As memórias foram transpostas para o livro “Fala-me do passado”, que vai ser lançado daqui a um mês, onde recorda o pai, já falecido, e as viagens no Ford pelo Luxemburgo, para onde a família emigrou. Foi o primeiro carro em que andou e para si tem “alma”. “A vantagem de um clássico é andar com um carro que não se vê todos os dias. É uma escolha, uma maneira de viver. O maior gozo são os encontros e o prazer de condução que não encontro num carro moderno”, afirma a O MIRANTE.
Por vezes aproveita o seu Mini Van para transportar os quadros: “tenho uma carrinha para transportar os maiores, o Mini é para o folclore”, refere, com um sorriso. Conta que em termos de manutenção tem apenas atenção ao óleo e travões. “Conservar um carro moderno é mais complicado e há maneiras para um carro clássico ser mais fiável, como no caso do Mini que tem travões a discos e o motor de arranque tem partes electrónicas. São alterações que não se vêem”, explica. A conversa não termina sem abordar o assunto dos carros eléctricos: “os carros modernos são feitos para durar meia dúzia de anos, especialmente os eléctricos. Não acredito nos carros eléctricos porque as baterias também poluem”, sublinha.

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