Só faltam dois quilómetros para acabar com pesados no centro de Almeirim
Com a abertura do troço de 400 metros, entre o bairro do Pupo e o Vale Peixe, ficam a faltar dois troços, com uma extensão de cerca de dois quilómetros, para concluir a Circular Urbana de Almeirim. Apesar de andar a ser feita há 16 anos a circular constitui um acto de coragem da autarquia. A única atravessada pela EN 118 que decidiu avançar à sua conta sem ficar à espera do IC3 que nunca mais chega.
Ao fim de 16 anos já só faltam dois troços para completar a circular urbana de Almeirim que tem andado a ser feita aos poucos com meios da câmara e de empreiteiros em simultâneo. O presidente do município, os vereadores socialistas e os presidentes de juntas de Fazendas de Almeirim, Raposa e Almeirim retiraram as grades metálicas que impediam a circulação e assim inauguraram os 400 metros de estrada entre o Bairro do Pupo e a zona de Vale Peixe. A circular começou a ser feita em 2008 pelo anterior presidente da autarquia, José Sousa Gomes, já falecido, com o objectivo de retirar o trânsito de pesados do centro da cidade.
Este troço custou cerca de um milhão de euros, entre aquisição de terrenos, trabalhos de construção da rua e alcatroamento, uma rotunda, bem como a instalação da ciclovia de ambos os lados da estrada. Os dois troços que faltam, na ligação à Estrada Nacional 118, no limite entre os concelhos de Almeirim e Alpiarça, têm uma extensão de cerca de dois quilómetros e a câmara já está a tratar da negociação para a aquisição dos terrenos necessários.
A decisão de construir a circular teve por objectivo desviar do centro da cidade o trânsito cada vez mais intenso de camiões, sobretudo os que transportam resíduos para tratamento nas unidades instaladas na Carregueira, Chamusca. Esta decisão também foi um acto de coragem porque a autarquia não ficou à espera da construção do Itinerário Complementar nº3 (IC3) entre Almeirim e Vila Nova da Barquinha, que há mais de duas décadas que não passa de uma promessa. E foi o único município dos que são atravessados pela Nacional 118 a fazê-lo mesmo sem financiamento da União Europeia. Até agora, segundo o presidente da câmara, Pedro Ribeiro, a valores actuais, a circular representa um investimento de cerca de 10 milhões de euros.
Pedro Ribeiro explica que o município já tem o projecto feito para os troços que faltam. O autarca anuncia também que está em contactos com a Compal para avançar ainda este ano com o penúltimo troço, que atravessa a zona da empresa onde foram instalados painéis solares. Este troço vai ligar à Estrada Municipal 583 que será transformada, com o seu alargamento, no último troço da Avenida Professor José Sousa Gomes numa extensão de cerca de 800 metros.