Atraso na entrega de correio continua a motivar queixas em Coruche
Distribuição de correspondência postal continua a chegar a casa das pessoas com semanas de atraso. Facturas para pagar, reformas por receber e consultas médicas sem efeito são algumas das consequências. Falta de pessoal no posto de Correios de Coruche está na origem do problema.
São várias as queixas da população do concelho de Coruche por receberem o correio com bastantes dias de atraso. Há quem não vá a consultas médicas no hospital porque a carta a avisar do dia e hora da consulta chega ao destinatário, em alguns casos, com semanas de atraso. Outros não podem pagar as contas porque a factura não chegou atempadamente e sujeitam-se a ter que pagar com multa. E há quem não consiga receber a reforma atempadamente devido a esses atrasos. As queixas têm sido muitas e o assunto foi novamente falado na última reunião do executivo municipal de Coruche com o vereador da CDU, Valter Jerónimo, a levantar o assunto.
O presidente da Câmara de Coruche, o socialista Francisco Oliveira, concordou que os CTT prestam “um mau serviço” no concelho. O autarca explicou que na sequência da reunião com representantes dos carteiros reuniu com a administração regional dos CTT tendo dado conta das dezenas de queixas da população devido aos atrasos na correspondência.
“Disseram-me que estão em reestruturação do quadro de pessoal e reconheceram que têm poucos funcionários no posto de Coruche por isso tiveram que recorrer a tarefeiros. Sabemos que o concelho é muito grande para dar resposta mas se antigamente funcionava não faz sentido agora não funcionar. Tem que haver uma aposta no aumento de pessoas para o quadro de pessoal. Os trabalhadores que estão afectos à distribuição postal estão a título precário e não é fácil assegurar o seu trabalho uma vez que é temporário”, afirmou Francisco Oliveira.
Esta é uma situação recorrente no concelho de Coruche. Em Setembro do ano passado o atraso da entrega de correspondência era de cerca de três semanas. No final de 2022 os CTT reestruturaram o quadro de pessoal no concelho e os 14 postos de trabalho efectivos foram reduzidos para 11 e depois para oito. Agora são seis os carteiros efectivos, com experiência de entrega, a fazer distribuição. Os carteiros contratados a empresas prestadoras de serviços são quatro.
Contactado por O MIRANTE, os CTT informam que têm sido registados constrangimentos pontuais na entrega de correspondência no concelho de Coruche relacionados, não só com um período de férias, como também com algumas ausências não previstas, que estão a ser colmatadas com os recursos existentes. Informam também que está em curso, desde Janeiro, um projecto de optimização da operação da distribuição que visa detectar oportunidades de melhoria na qualidade de serviço. “Os CTT lamentam os constrangimentos causados, estando a unir todos os esforços para que a situação fique regularizada muito em breve”, explicam.