Aeroporto: Opção Santarém defendida em Fátima em congresso sobre turismo religioso
O reitor do Santuário de Fátima considera que um aeroporto internacional em Santarém é a solução que melhor serve os milhões de peregrinos e visitantes da Cova da Iria e da região Centro. Uma posição que foi partilhada por diversos outros oradores na abertura dos XI Workshops Internacionais de Turismo Religioso.
O reitor do Santuário de Fátima defendeu a localização do futuro aeroporto internacional em Santarém, por considerar que é a solução que melhor serve os milhões de peregrinos e visitantes da Cova da Iria e da região Centro. Carlos Cabecinhas, em declarações à agência Lusa à margem da sessão de abertura dos XI Workshops Internacionais de Turismo Religioso, que começaram esta quinta-feira, 22 de Fevereiro, em Fátima, disse que “para o Santuário, a hipótese Santarém é a que mais agrada”.
Por outro lado, “preocupa-me ver que as restantes opções afastam o aeroporto da região Centro e de Fátima”, sublinhou o reitor de um dos maiores santuários marianos do mundo, que em 2023 recebeu a visita de mais de 6,8 milhões de pessoas. O sacerdote disse que nunca levou esta posição ao Governo, por entender que o executivo “não é o interlocutor do Santuário nesta questão”, confirmando que a mesma foi partilhada com os autarcas, nomeadamente. O reitor assegurou ainda que o Santuário “vai continuar a acompanhar este processo, sempre com o objectivo de defender a melhor das opções para Fátima”.
A defesa da escolha do projecto de Santarém para o futuro aeroporto internacional marcou, também, a própria sessão de abertura dos Workshops Internacionais de Turismo Religioso, com o presidente da Câmara de Ourém, Luís Albuquerque, a considerar que “a construção do novo aeroporto em Santarém constitui uma oportunidade de dinamização da actividade turística e económica para a região e para o país”.
Por sua vez, Anabela Freitas, vice-presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal, defendeu que “seria no Centro de Portugal que a estrutura aeroportuária deveria ser construída, para servir o turismo e, também, para contribuir para a coesão territorial”. “Que haja uma decisão de uma vez por todas. Que seja no Centro de Portugal. E há um projecto que responde a esse anseio”, acrescentou, numa referência ao projecto “Magellan 500”, que aponta para a construção do futuro aeroporto internacional na região de Santarém.
Por sua vez, Pedro Machado, presidente da Agência Regional de Promoção Turística Centro de Portugal, lembrou que “Fátima está na rede de cidades-santuários, quase todas servidas por aeroportos de proximidade”, o que não acontece com a cidade portuguesa. Alertou ainda para a necessidade de “mais equilíbrio” territorial nos investimentos públicos, considerando que “o pior que se pode fazer aos grandes aglomerados urbanos é o aumento da massificação”.
O tema foi também abordado por Purificação Reis, presidente da ACISO – Associação Empresarial Ourém-Fátima, entidade organizadora dos Workshops Internacionais, que disse ser “urgente que Portugal decida a localização do novo aeroporto” e que há “um projecto que contribui para a coesão de todo o país”, numa referência a Santarém.