Sociedade | 03-03-2024 18:00

Não há fraude nos Bombeiros Torrejanos mas presidente da assembleia admite possíveis omissões

Não há fraude nos Bombeiros Torrejanos mas presidente da assembleia admite possíveis omissões
EDIÇÃO SEMANAL
Arnaldo Santos, presidente da Mesa da Assembleia dos Bombeiros Torrejanos

Arnaldo Santos diz que a existir alguma ilegalidade nunca teve como objectivo beneficiar ou prejudicar alguém. Antigo presidente da direcção, que agora dirige a assembleia-geral, fala ainda do caso do comandante e da escolha pelo requerimento para destituir a direcção em detrimento de outro.

O presidente da mesa da assembleia-geral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Torrejanos (AHBVT) e ex-presidente da direcção, Arnaldo Santos, diz não reconhecer “qualquer fraude fiscal” mas admite que “possa ter havido insuficiências ou omissões”. No entanto, a existirem, sublinha, “nunca tiveram por objectivo ou motivação beneficiar ou prejudicar quem quer que fosse em termos patrimoniais ou outros e que a provarem-se deverão ser corrigidas”.
Num comunicado enviado ao nosso jornal, Arnaldo Santos diz que têm vindo a ser veiculadas “acusações e insinuações graves, falsas e injuriosas, que põem em causa a honra e dignidade de alguns e particularmente o bom nome e prestígio da instituição e do seu corpo de bombeiros, que se orgulham da sua história”.
A direcção da AHBVT, que está demissionária desde 12 de Fevereiro, recorde-se, tornou pública uma alegada fraude fiscal na ordem de meio milhão de euros, “apurada pela actual direcção e alertada pelo conselho fiscal à anterior direcção desde há anos, que tinha como presidente da direcção, Arnaldo Santos”. Dessa anterior direcção faziam parte a actual tesoureira e o presidente, Nuno Cruz, sendo que este último afirmou a O MIRANTE que estará disponível para assumir eventuais responsabilidades, embora desconhecesse qualquer ilegalidade.
Arnaldo Santos refere que “a direcção da associação é o órgão executivo a quem compete gerir a associação, sendo que o tesoureiro tem competências próprias no âmbito da contabilidade e tesouraria, sublinhando, contudo, que todos os membros da direcção são solidários e responsáveis por todas as deliberações tomadas e ou omissões, excepto se tenham emitido voto contrário ou lavrem o seu protesto oportunamente”.
Relativamente ao caso da suspensão temporária do comandante José Pereira e da não renovação da sua comissão de serviço, o presidente da assembleia vem dizer que a comissão arbitral - que possibilitou a manutenção de José Pereira no cargo como voluntário - “foi constituída nos termos da lei e cumpriu a missão que lhe impõe, ou seja, apreciar e decidir o recurso apresentado pelo comandante sobre a decisão da direcção e seus fundamentos, para a sua não recondução no cargo”. E fê-lo, acrescenta, “de forma competente, consciente, responsável, isenta e livre”.
Quanto à convocação de uma assembleia-geral extraordinária para se votar a destituição da direcção em detrimento de outra para se alterarem os estatutos, concretamente no respeitante ao número de associados necessários para convocação de reunião extraordinária e para a extinção da associação, Arnaldo Santos diz que “considerou, na sua avaliação, o poder soberano dos associados, a urgência na discussão das matérias e o tempo necessário para concretizar as convocatórias. E considerou que o mais urgente é resolver a situação de conflitualidade, pelo que decidiu convocar em primeiro lugar a reunião requerida pelos associados” ao invés da requerida pela direcção de Nuno Cruz.
Por último, o presidente da assembleia apela a que “todos respeitem todos e coloquem em primeiro lugar a associação e o seu corpo de bombeiros” e, dirigindo-se aos sócios, que “se mobilizem no sentido de encontrar as soluções que melhor sirvam, respondam e garantam o futuro da associação e o cumprimento da sua missão humanitária”, aludindo à assembleia eleitoral convocada para 16 de Março.

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