Sociedade | 05-03-2024 12:00

Cais de Vila Franca de Xira destruído dificulta a vida aos pescadores

Cais de Vila Franca de Xira destruído dificulta a vida aos pescadores
Cais ficou inutilizável após uma tempestade ocorrida no último trimestre do ano passado

Estrutura que já precisava de obras ficou destruída num temporal em Outubro do ano passado e deixou pescadores com problemas acrescidos. Câmara de Vila Franca de Xira diz ter adjudicado a obra na última semana.

Quatro meses depois de ter sido destruído devido ao mau tempo, o pontão de acesso ao cais de embarque do bairro dos avieiros de Vila Franca de Xira continua por reparar e os pescadores continuam obrigados a usar a marina da cidade. Uma situação que tem gerado descontentamento na comunidade e vários inconvenientes para os pescadores, que agora ficam mais longe das estruturas onde guardam as suas artes de pesca.
A Câmara de Vila Franca de Xira garante a O MIRANTE que já adjudicou a obra de reparação do pontão mas diz desconhecer, por enquanto, quando é que os trabalhos de reparação avançam. A tempestade que se abateu na região em Outubro do ano passado destruiu a já frágil estrutura de acesso ao cais de embarque dos avieiros, numa extensão a rondar os 30 metros, que foi arrastada para dentro do rio. O município prometeu na altura tomar medidas rapidamente mas o processo arrastou-se até ao novo ano.
Para ajudar os pescadores a não ficarem tanto tempo sem acesso ao cais de embarque a autarquia articulou com a União Desportiva Vilafranquense, entidade que gere a marina da cidade, para permitir aos pescadores que a utilizem até que a estrutura esteja reparada. O problema, notam alguns pescadores a O MIRANTE, é que a marina ainda dista perto de 400 metros do bairro e para quem tem de acarretar as artes de pesca torna-se um problema.
Na altura em que se deu a destruição do pontão o presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Fernando Paulo Ferreira, já tinha avisado que a empresa especializada em reparar aquela estrutura estava com muitas solicitações e que, por esse motivo, a reparação poderia ser demorada. Em várias reuniões de câmara o executivo socialista também foi várias vezes confrontado com críticas por parte da oposição CDU e Chega devido ao arrastar de uma solução para uma requalificação definitiva do local. Numa das últimas em que se ouviram essas críticas o vereador Barreira Soares, do Chega, lembrou que há muito que as condições no cais são terceiro-mundistas, a começar pelos barracões onde se guardam as artes de pesca e que são, para o eleito, “um verdadeiro paiol”. Já para José João Oliveira, da CDU, há muito que a zona dos avieiros está degradada e a precisar de uma grande intervenção.
O cais tem poucas condições para as necessidades e precisa de uma requalificação. É pequeno, as arrecadações provisórias construídas há década e meia tornaram-se definitivas, e estão estragadas e são exíguas, e os pontões tinham a madeira podre e a desfazer-se. Não há espaço para guardar as redes, nem contentores do lixo e o mato raramente é cortado. Quem vive do sustento dado pelo rio há muito deu a conhecer a O MIRANTE a sua indignação de ter de trabalhar num espaço que precisa de mais atenção e um novo olhar por parte do município.

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