Sociedade | 07-03-2024 21:00

Há que gerir melhor a água e todos os utilizadores devem combater o desperdício

Há que gerir melhor a água e todos os utilizadores devem combater o desperdício
Carlos Martins, presidente do conselho de administração da EPAL e da Águas do Vale do Tejo (à direita) com os colegas de painel durante o seminário organizado pelo Grupo Águas de Portugal

A escassez de água e a sua importância foram debatidos no seminário “Água - O Desafio do Século”, organizado pelo Grupo Águas de Portugal, que decorreu em Santarém. O presidente da EPAL e da Águas do Vale do Tejo disse a O MIRANTE que, apesar da precipitação na bacia do Tejo ter baixado nos últimos 30 anos, os recursos hídricos estão em níveis normais e o abastecimento na zona do Vale do Tejo está assegurado nos próximos três anos. No seminário foi ainda deixado o alerta de que Portugal é dos países europeus onde se gasta mais água per capita e onde chove menos.

A precipitação diminuiu acentuadamente nos últimos 30 anos e a bacia do rio Tejo baixou o caudal em cerca de 20% mas a zona do Vale do Tejo tem os seus recursos hídricos dentro dos níveis normais e o abastecimento está garantido nos próximos três anos. A garantia é dada pelo presidente do conselho de administração da EPAL – Empresa de Águas Livres S.A. e também da Águas do Vale do Tejo. Carlos Martins explicou a O MIRANTE, à margem do seminário “Água – O Desafio do Século”, que a Águas do Vale do Tejo está a renovar e investir de modo a que o rio Tejo continue a ser uma fonte alternativa para quando houver alguma situação crítica, para que todo aquele “manancial de água” seja valorizado.
Carlos Martins considera fundamental gerir melhor o recurso da água e que todos os utilizadores sejam mais eficientes para não desperdiçar um bem tão essencial. O presidente do conselho de administração da Águas do Vale do Tejo contou, durante o seminário organizado pelo Grupo Águas de Portugal, que muitas aldeias portuguesas têm picos sazonais de consumo de água, habitualmente quando as pessoas emigradas ou a viverem em locais mais urbanos do país regressam às origens para passar férias.
“Esta situação acontece sobretudo no Verão, o que tem implicações na qualidade da água porque os reservatórios estão muitos meses com água quase parada, a servir dezenas ou poucas centenas de habitantes durante o ano e o consumo de água dispara no Verão”, referiu Carlos Martins. O administrador falou durante o seminário “Água - O Desafio do Século” que decorreu a 28 de Fevereiro, no auditório do CNEMA, em Santarém.
O investigador do Instituto Dom Luiz, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Pedro Matos Soares, alertou que existe um problema de água no país. Portugal é dos países onde se gasta mais água per capita e onde chove menos. “Não pode ser só a eficiência energética a estar na agenda política, também temos que falar da eficiência da água. Tem que se criar um programa para se começar a falar nas escolas, desde os mais pequenos, para sensibilizar para a importância da água e de como é fundamental poupar água para que não haja problemas no futuro”, reforçou Pedro Matos Soares.

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