Sociedade | 08-03-2024 11:00

Pedro Reis: Regionalização vai melhorar gestão dos territórios

Pedro Reis: Regionalização vai melhorar gestão dos territórios
Pedro Reis, vice-presidente da Câmara Municipal do Cartaxo

O MIRANTE não acompanha a campanha eleitoral para as legislativas por razões que se prendem com a falta de actualização da lei eleitoral; até ao dia da reflexão só falaremos de eleições nos casos em que o Homem morder o cão. No entanto estamos ligados. Todas as nossas notícias reflectem o dia-a-dia das pessoas e das instituições da região. Este jornal vai para as bancas a três dias das eleições e é o nosso contributo para darmos voz a quem ajuda a gerir o território e já sabe que vai eleger políticos de quem nada pode esperar ao nível da coesão territorial porque o Sistema aparentemente não o permite.

A Regionalização é um modelo de gestão territorial que tenderá a terminar com o centralismo dos ministérios sediados em Lisboa. Com a regionalização os territórios vão fazer uma melhor gestão, um melhor planeamento e os fundos de coesão vão ser mais bem aplicados. A opinião é do vice-presidente da Câmara do Cartaxo, o social-democrata Pedro Reis. “Os actores locais e regionais têm de se sentar à mesa, delinear uma estratégia para aquilo que queremos para o Ribatejo nas próximas décadas. O Ribatejo precisa de alinhamento político para planear as infraestruturas como o aeroporto ou o aproveitamento dos recursos hídricos do rio Tejo e alinhar estratégias para a economia regional, com destaque para a agricultura, agro-indústrias e turismo”, defende.
Pedro Reis considera que o novo aeroporto será, inevitavelmente, a obra mais estruturante do país dos últimos 50 anos. Na sua opinião, a opção Santarém é a que apresenta mais vantagens e a que representaria um grande desenvolvimento para a região e para todo o território nacional. “A localização Santarém poderá ser decisiva para a tão reclamada coesão territorial, se pensarmos que os distritos do interior e centro farão parte integrante desta solução com a criação de emprego directo e indirecto; criação de valor acrescentado e a fixação natural de população e investimento”, sublinha. O autarca lamenta que o tema do novo aeroporto, que tem dominado a informação na comunicação social durante o último ano, não esteja a ser tema em destaque na campanha eleitoral. Pedro Reis afirma que Portugal vive uma profunda crise em áreas fundamentais como a Educação, Segurança, Justiça e Habitação e que, por isso, o assunto do aeroporto tem sido colocado de parte.
Em relação aos protestos dos agricultores portugueses defende que são justos tendo em conta o aumento dos custos de produção, os problemas de recursos hídricos e a regulamentação cada vez mais restrita para a produção agrícola que diminui drasticamente a competitividade do sector em contraponto com mercados externos, em que não são exigidas as mesmas regras. “Os agricultores têm sofrido na pele, ao longo dos anos, uma dificuldade enorme em manter as suas actividades sustentáveis. O sector primário na nossa região tem uma importância vital para a nossa economia e sem ele está posto em causa o nosso tecido agroalimentar”, critica.
Sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS), Pedro Reis defende que a desmotivação dos profissionais de saúde deve-se sobretudo à falta de valorização das carreiras. Na sua opinião, o Governo, nos últimos anos, não conseguiu garantir a estes profissionais progressões justas nas carreiras e a devida remuneração empurrando o problema com a barriga. “O Governo tem que criar condições para captar os profissionais de saúde e depois criar condições para os fixar no SNS. Isto só é possível com remunerações adequadas e motivadoras dos profissionais”, conclui.

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