Sociedade | 08-03-2024 21:00

Sandra Marcelino: Novo aeroporto deve ser uma das primeiras medidas do próximo Governo

Sandra Marcelino: Novo aeroporto deve ser uma das primeiras medidas do próximo Governo
Sandra Marcelino, presidente da Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira

O MIRANTE não acompanha a campanha eleitoral para as legislativas por razões que se prendem com a falta de actualização da lei eleitoral; até ao dia da reflexão só falaremos de eleições nos casos em que o Homem morder o cão. No entanto estamos ligados. Todas as nossas notícias reflectem o dia-a-dia das pessoas e das instituições da região. Este jornal vai para as bancas a três dias das eleições e é o nosso contributo para darmos voz a quem ajuda a gerir o território e já sabe que vai eleger políticos de quem nada pode esperar ao nível da coesão territorial porque o Sistema aparentemente não o permite.

A presidente da Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira, Sandra Marcelino (PS), considera que Portugal não pode esperar mais tempo para tomar uma decisão em relação à localização do novo aeroporto e que qualquer opção terá de constituir-se como uma das primeiras decisões do próximo Governo. No caso do concelho de Vila Franca de Xira, a autarca entende que “enquanto existir Portela, existe a possibilidade de acolher voos executivos em Alverca do Ribatejo” e, “de forma mais permanente ou duradoura e independente da escolha do local, potenciar ainda mais as OGMA para suporte da manutenção da companhia área nacional e outras o que gerará valor acrescentado ao concelho, ao seu grau de empregabilidade e à sua economia”.
Sobre o crescimento da extrema-direita em Portugal, partilha da preocupação a nível mundial. Em Portugal considera que no ano em que se assinalam os 50 anos do 25 de Abril, viver em liberdade e democracia, com direitos e deveres, não pode ser um património delapidado nem posto em causa como gradualmente tem vindo a suceder. “Ainda recentemente reli uma frase, que tem surgido muito nas redes sociais, sobre a qual devemos pensar e, sobretudo, agir: ‘É fácil ser fascista num país livre; difícil é ser livre num país fascista’. A cada um de nós, cabe a tarefa de tudo fazer para continuarmos a adormecer e a acordar em democracia”.
Sobre a paridade na política, Sandra Marcelino não é adepta da lei nos moldes actuais. Apesar de considerar que as quotas foram e são necessárias para soluções mais equilibradas na representatividade de género, a autarca é apologista do premiar e valorizar a competência, independentemente do género. Questionada sobre o porquê de nenhuma mulher ter sido até à data secretária-geral do PS, diz que um dia isso irá acontecer, não por causa das quotas, mas “pela competência, vontade, mérito e reconhecimento dos pares”.
Sobre se é a favor das parcerias público-privadas (PPP) na área da Saúde reitera que é preciso dar tempo de consolidar a reforma no Serviço Nacional de Saúde. Contudo, se as PPP responderem mais prontamente aos interesses dos cidadãos, de forma célere e com as mesmas condições do serviço público, não está contra. “A saúde das pessoas deve ser, para qualquer Governo, a prioridade número um”, declara.
Em relação à crise de habitação é da opinião que o Governo não deve travar o aumento das rendas e que os planos que estão no terreno devem ser consolidados e não alterados sucessivamente pelos vários titulares de pastas políticas. “Existindo muita resposta em concretização no terreno, sabemos que há um longo caminho a percorrer e acho que essa maturação é fundamental para se avaliar o sucesso ou o insucesso das medidas, nomeadamente na função reguladora que o Estado deve ou não ter nas rendas praticadas”, defende.

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