Extensão de Saúde de Assentis continua sem médico de família
Utentes de Assentis não têm médico desde o final de 2023, uma realidade que vem sendo recorrente para a população da freguesia do concelho de Torres Novas. Última médica esteve ao serviço através do Bata Branca, projecto que vai passar a ser assumido pela Unidade Local de Saúde.
Os cerca de 2.500 utentes afectos à Extensão de Saúde de Assentis, no concelho de Torres Novas, continuam sem médico de família atribuído desde que a médica que lá dava consultas, através do Bata Branca, decidiu, no final do ano passado, abandonar o projecto devido a atrasos no pagamento do seu vencimento.
A falta de clínicos, que tem feito correr muita tinta e já levou à realização de uma vigília pela colocação de médicos naquela freguesia, foi tema levantado na última Assembleia Municipal de Torres Novas pelo presidente do município, Pedro Ferreira, que apesar de confirmar a carência de médico em Assentis anunciou que o projecto Bata Branca vai passar a ser assumido, já a partir deste ano, pela Unidade Local de Saúde (ULS) do Médio Tejo.
Uma novidade que o autarca socialista considera positiva e que, segundo disse, vai aliviar o orçamento municipal. Isto porque, recorde-se, cabia ao município suportar uma percentagem do valor pago por hora (15 euros) a cada médico afecto ao projecto Bata Branca. Pedro Ferreira referiu por último que vê de forma positiva o Ministério da Saúde, através da ULS, garantir a presença de médicos, ainda que através do Bata Branca, nos territórios onde são necessários.
Em Torres Novas o Bata Branca foi implementado através de protocolo entre a Câmara de Torres Novas, a Misericórdia local e a Administração Central do Sistema de Saúde numa tentativa de se colmatar a falta de médicos de família, sobretudo nas freguesias de Assentis e Chancelaria. Além desta medida o município dispõe de um pacote de incentivos à fixação de clínicos de Medicina Geral e Familiar no concelho que incluem apoio financeiro e benefícios fiscais.