Sociedade | 20-03-2024 12:00

Pressão dos moradores permitiu desbloquear impasse em urbanização de VFX

Depois de quase um ano de luta e de reportagens em O MIRANTE os moradores do condomínio Vila Viva em Vila Franca de Xira conseguiram finalmente que município, promotor e Brisa chegassem a acordo. Câmara já emitiu alvará com licença de habitação.

O promotor da urbanização Vila Viva em Vila Franca de Xira, a Brisa - concessionária da Auto-Estrada do Norte (A1) e a Câmara de Vila Franca de Xira já se entenderam e chegaram a acordo sobre a construção das polémicas barreiras acústicas junto do condomínio e o alvará com as licenças de habitação já foi emitido. Um passo que vai permitir aos vários moradores conseguirem finalmente viver nas suas novas habitações, após um impasse de muitos meses motivado por entraves burocráticos. O promotor efectuou um depósito monetário com o valor das barreiras acústicas, o que permite assegurar a garantia bancária para que as obras avancem.
A Câmara de VFX já tinha explicado a O MIRANTE que o promotor estava a analisar com a Brisa as medidas minimizadoras de ruído a consubstanciar em protocolo, que depois de assinado pelas partes deveria ser remetido aos serviços municipais com a devida garantia bancária da obra a realizar. À data de fecho desta edição as escrituras ainda não foram feitas mas os moradores acreditam que é apenas uma questão de tempo para começarem a poder habitar as casas que compraram.
O problema já durava há mais de um ano e estava a deixar a vida de vários moradores em suspenso, como o nosso jornal deu nota, e onde se incluía o casal Gustavo Neto e Saulete Porto, de Mafra, que escolheu Vila Franca de Xira para morar mas acabou por ficar numa casa arrendada em Alcochete cheia de caixotes à espera da luz verde para se poder mudar para o concelho ribatejano.
O casal apelava ao município de Vila Franca de Xira para ser sensível à situação das quatro dezenas de famílias que ali compraram casa e não as podiam habitar, ao contrário de quem comprou casa na primeira fase. “Sentimos que uns são filhos e outros são enteados”, criticavam. Segundo o município, o protocolo entre promotor, Brisa e câmara prevê a garantia de medidas minimizadoras de ruído, a construção de um parque infantil e a retirada do antigo stand de vendas que é da responsabilidade do promotor. O problema do ruído causado pelo intenso tráfego rodoviário na A1 em Vila Franca de Xira é há muito conhecido. Em 2018 a Brisa publicou o seu Plano de Acção Estratégico de Redução de Ruído da A1, onde deu nota de que dados de tráfego de 2013 indicavam que só entre os dois lanços de VFX circulavam, por hora, mais de 3.566 veículos no período diurno, 2.419 ao entardecer e 648 durante a noite.

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