Dar sangue é gesto altruísta que ajuda a salvar vidas
Amândio Rocha tem 63 anos e deu sangue 60 vezes. Afonso Ferreira tem 19 anos fê-lo três vezes. Se todos lhes repetissem o gesto, esta quarta-feira, 27 de Março, Dia Nacional do Dador de Sangue, não haveria alertas para as baixas reservas dos grupos sanguíneos A+, A-, O+ e O-.
Corria o ano de 1982 quando Amândio Rocha deu sangue pela primeira vez. A cumprir serviço militar respondeu ao pedido para ajudar um familiar de um Oficial que estava doente. Nessa altura, como incentivo à dádiva, tinha direito a 10 dias de dispensa do trabalho mas não foi essa benesse que o tornou dador regular. Fê-lo repetidas vezes ao longo dos seus 63 anos consciente de que dar sangue é contribuir para salvar vidas. “Um dia podemos ser nós a precisar”, vinca a O MIRANTE numa conversa a propósito do Dia Nacional do Dador de Sangue que se assinala esta quarta-feira, 27 de Março.
O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) e a Federação Portuguesa de Dadores Benévolos de Sangue (FEPODABES) apelam hoje para a dádiva de sangue, para fazer face às baixas reservas dos grupos sanguíneos A+, A-, O+ e O- que duram, no máximo, cinco dias. Todos os outros grupos estão, segundo disse hoje à à agência Lusa o presidente da FEPODABES, em níveis considerados bons, com sete, nove e 10 dias.
O Dia Nacional do Dador de Sangue que hoje se comemora serve para homenagear os dadores que cumprem o seu dever de cidadania com um gesto simples e altruísta, sendo este um gesto capaz de salvar vidas.
*Artigo desenvolvido na próxima edição semanal de O MIRANTE.