Sociedade | 08-04-2024 07:00

Câmara de Alpiarça negoceia aquisição do edifício da Caixa Geral de Depósitos

A instituição bancária quer vender o edifício mas garante manter a agência num espaço mais pequeno. Uma das razões para a venda do imóvel são os custos de manutenção e a sua preservação. Caso o negócio se concretize uma das ideias para a utilização do espaço é instalar no local o arquivo municipal.

A Câmara de Alpiarça está em negociações com a administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) com intuito de adquirir o edifício onde funciona o banco, na Rua José Relvas, também conhecida como Estrada Nacional 118. A informação foi dada pela presidente do município, a socialista Sónia Sanfona, em sessão camarária. A autarca afirmou que, em várias reuniões com os responsáveis da CGD, estes apresentaram a sua preocupação com a manutenção do edifício e os seus custos.
“A Caixa assumiu como possível e desejável a alienação do edifício mantendo a estrutura da agência, no espaço mais pequeno, onde tem funcionado, com entrada própria para a rua. Manter a agência aberta é ponto assente, querem é vender o edifício”, esclareceu a autarca.
Sónia Sanfona referiu que está a avaliar a possibilidade de adquirir o imóvel para criar ali o arquivo municipal uma vez que, esclarece, o município não tem espaço de arquivo municipal em condições, que permita consulta e preservação de todo o acervo documental e em condições aceitáveis. “O facto de não existir condições adequadas para colocar o nosso arquivo já fez com que em determinadas alturas tenhamos perdido parte do arquivo por estarem em arrecadações velhas que se perderam em algumas intempéries. Precisamos de um local adequado e por isso estamos em negociações mas não está nada decidido”, reforça a autarca.
Sónia Sanfona explicou, em resposta ao vereador da oposição, João Pedro Arraiolos (CDU), que a permanência física da CGD em todos os concelhos do país é um dado adquirido mas não nos termos em que o município e a população pretendem. A presidente da Câmara de Alpiarça refere que a administração da CGD não mostrou intenção de reforçar o banco com pessoal ou alargar o horário, como é vontade dos munícipes. “A única situação que nos foi mencionada é apenas ao nível do reforço com equipamento. De resto vai funcionar de acordo com um conjunto de estratégias assumidas e decisões tomadas pela administração da Caixa”, concluiu.

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