Sociedade | 09-04-2024 15:00

Igreja Matriz do Sardoal em risco de encerrar por falta de segurança

Igreja Matriz do Sardoal em risco de encerrar por falta de segurança
Telhado da Igreja Matriz do Sardoal tem problemas de infiltração - chove no interior - e já caiu um pedaço de madeira do tecto

Presidente da Câmara do Sardoal, Miguel Borges, alerta para a falta de condições de segurança que vão surgir se não se avançar com obras de reabilitação da igreja matriz da vila. Município disponibiliza meio milhão de euros do seu orçamento para ajudar na intervenção no edifício, que é propriedade da igreja.

Existe o risco de no próximo ano a igreja matriz do Sardoal ser encerrada ao público durante a tradicional Semana Santa. Em causa está a necessidade de obras sobretudo no tecto, nos vãos e em todo o isolamento do edifício. O aviso foi deixado pelo presidente da Câmara do Sardoal, Miguel Borges, durante a visita às capelas e igrejas ornamentadas com tapetes de flores, iniciativa que marca o arranque da Semana Santa no concelho. Há mais de cinco anos que Miguel Borges alerta para a situação de degradação do templo.
O presidente garantiu que o município disponibilizou meio milhão de euros do seu orçamento para obras que venham a ser feitas na igreja. “É urgente intervir para que a degradação do imóvel não aumente, como tem acontecido. Já falei com secretários de Estado, ministros e até na União Europeia mas todos me dizem que não existem fundos para esta obra, que é tão importante para preservar um local que tem séculos de história”, lamenta o autarca.
O MIRANTE esteve no local e pôde comprovar que há problemas de infiltrações – chove no interior - e já caiu um pedaço de madeira do tecto. Além disso, também a zona do tecto no altar-mor está em risco de degradação. Em 2018 o município e a Fábrica da Igreja Paroquial do Sardoal concorreram a uma candidatura de apoio financeiro, o Programa “Valorizar”, que foi rejeitada pelo Turismo de Portugal com a justificação de que a igreja não é considerada de interesse turístico nacional.
“A igreja é da Diocese, não é património nacional e na nossa região os fundos comunitários tiveram como prioridade o património nacional. Por isso é que esta igreja nunca teve possibilidades de conseguir aproveitar fundos comunitários para a sua reparação. Deveria existir outro tipo de sensibilidade para resolver este problema”, disse, acrescentando que vai reunir em breve com o Bispo da Diocese de Portalegre-Castelo Branco uma vez que, afirma, a igreja também tem uma palavra a dizer tendo em conta que a igreja é sua propriedade.
Presente na visita esteve a vice-presidente da Entidade Turismo do Centro que foi presidente da Câmara de Tomar durante dez anos e também presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo. Anabela Freitas defende que a igreja tem dimensão histórica para ser património nacional. Miguel Borges esclarece ainda que pintar a igreja, como muitas vezes a população fala, não vai estancar a degradação.
“Pintar a igreja seria uma obra de fachada, não resolve nada. Temos que olhar com seriedade para este problema que aqui temos. Só os andaimes são cerca de 30 mil euros”, realça. O presidente da Câmara do Sardoal disse que só quem não vem ao Sardoal é que não percebe que este património é fundamental para o turismo local e estratégico para o desenvolvimento da economia local.

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