Faltas injustificadas a consultas e cirurgias prejudicam e aumentam lista de espera nos hospitais
A presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde Lezíria, Tatiana Silvestre, explicou que a maior procura dos doentes ao Serviço Nacional de Saúde e a escassez de recursos humanos leva ao aumento das listas de espera.
O problema agrava-se quando os doentes não avisam antecipadamente que vão faltar às consultas ou cirurgias. Um debate organizado pela Câmara de Santarém para assinalar o Dia Mundial da Saúde.
Em 2023 o Hospital Distrital de Santarém registou 32.575 faltas às consultas, das quais apenas 859 foram justificadas. Também nas cirurgias houve 154 faltas das quais 21 foram justificadas. Os números foram avançados pela presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde (ULS) Lezíria, Tatiana Silvestre, durante a sessão “A minha saúde, o meu direito”, que decorreu na tarde de quinta-feira, 11 de Abril, no salão nobre dos paços do concelho de Santarem, no âmbito do Dia Mundial da Saúde.
Tatiana Silvestre explicou que em 1992 havia uma esperança de vida à nascença média de 73,97 anos, no nosso país. Em 2022 houve uma ligeira diminuição em relação aos anteriores devido ao efeito pandémico mas a média de esperança de vida à nascença é de 80,96 anos. Os homens têm uma esperança de vida à nascença de 84 anos e as mulheres de 78 anos. “O envelhecimento da população trouxe um grande peso para o Serviço Nacional de Saúde que tem uma maior procura e existe uma maior pressão sobre os serviços dos cuidados de saúde primários, serviços hospitalares e também nas urgências. Essa maior procura levou a longas listas de esperas para consultas e cirurgias. As pessoas têm que ter noção que é fundamental avisarem atempadamente e desmarcarem quando não podem comparecer. Só assim haverá melhor saúde para todos”, sublinhou.
O delegado de saúde coordenador da Unidade de Saúde Pública da ULS Lezíria, Félix Lobelo, refere que existem 140 países que reconhecem o direito à saúde para todos mas isso nem sempre se concretiza apesar da Organização Mundial de Saúde (OMS) defender o acesso à saúde como um direito de cada ser humano.
Notícia completa numa das próximas edições semanais de O MIRANTE.