Falhas graves na limpeza urbana em Samora Correia levam junta a recorrer à justiça
Empresa que entrou em funções em Fevereiro não está a cumprir com o caderno de encargos relativo à limpeza do espaço público em Samora Correia. Junta de freguesia já contratou advogados para notificar a empresa.
Aumentaram substancialmente as reclamações dos fregueses de Samora Correia por causa da falta de higiene urbana. Quem o diz é o próprio presidente da Junta de Freguesia, Augusto Marques, que admite que as coisas não estão a correr bem com a nova empresa do Montijo que entrou em funções a 5 de Fevereiro, após ter vencido o concurso. “Concorreu uma empresa que não conhecíamos de lado nenhum e que ganhou porque apresentou o valor mais baixo. Temos tido reuniões com a empresa e dissemos que tinham um mês para se acomodar. O prazo terminou no início de Março e passado esse período passámos às notificações por escrito”, explicou o autarca na sessão da assembleia de freguesia que se realizou dia 11 de Abril. O executivo da junta aprovou há duas semanas a contratação de uma empresa de advogados para notificar a empresa de limpeza e higiene urbana no sentido de serem aplicadas as penalizações que estão previstas no caderno de encargos, por não cumprimento do serviço contratado. “Mantendo-se esta situação podemos rescindir com a empresa por justa causa. Já reunimos com a dona da empresa e não é isto a que estamos habituados. Vamos usar os meios legais para os obrigarmos a cumprir com o serviço ou deixamos esta empresa”, informou.
Augusto Marques explicou que as ervas foram cortadas na Avenida do Rio Almansor mas que nas ruas adjacentes chegavam à cintura. A empresa que está a prestar serviço para a junta tem menos cantoneiros do que a empresa anterior, trabalhadores que não estão fixos a um sector. Chegam a passar duas e três semanas em que algumas ruas não são limpas. “Quando há reclamações têm respondido porque têm um prazo de 48 horas para trabalhar. Mas o que têm feito é apagar fogos e cortar as ervas aos saltos. Isto não é modo de trabalhar. Se o serviço passou da Câmara de Benavente para as juntas tem de ser melhor”, concluiu o autarca.