Sociedade | 22-04-2024 18:00

Já foi encontrada solução para utentes de Vialonga deixados sem médico

Já foi encontrada solução para utentes de Vialonga deixados sem médico
Utentes sem médico vão poder ser atendidos por médicos da Unidade de Saúde Familiar

Unidade Local de Saúde Estuário do Tejo emitiu um comunicado colocando fim à polémica que envolveu a saída de um médico e os obstáculos colocados à sua substituição, situação que deixou 1.900 pessoas sem médico de família.

Os utentes de Vialonga que foram deixados sem médico de família em Março depois de uma polémica guerra de comunicados entre a Unidade de Saúde Familiar (USF) de Vialonga e a Unidade Local de Saúde (ULS) Estuário do Tejo, liderada por Carlos Andrade Costa, vão agora passar a ser atendidos por outros médicos da USF em modelo de intersubstituição. A novidade foi avançada pela ULS em comunicado a 13 de Abril, onde informou que após concertação com o Conselho Técnico da USF a equipa de médicos “assumiu o compromisso assistencial da lista de utentes residentes em Vialonga que se encontram sem médico de família”, nomeadamente os 1.900 que integravam a lista de Medina do Rosário.
Ainda segundo a ULS, a equipa de médicos da USF de Vialonga “assumirá a assistência a estes utentes até à integração da médica Camila Ribeiro, integração que poderá ocorrer assim que termine o período experimental de 180 dias resultante do contrato assumido com a ULS”. Este é mais um capítulo na guerra de comunicados entre as duas estruturas que O MIRANTE tem noticiado. Também a Comissão de Utentes de Saúde de Vialonga já tinha manifestado preocupação com o desentendimento existente entre a gestão da USF de Vialonga e a ULS, que ainda não tinha dado luz verde à contratação de um médico pela USF para substituir outro que foi trabalhar para o Centro de Saúde de Vila Franca de Xira.
Numa carta aberta endereçada especificamente a Carlos Andrade Costa, presidente do conselho de administração da ULS Estuário do Tejo que, desde o início do ano, é a entidade que supervisiona o funcionamento do hospital e dos centros de saúde no concelho de Vila Franca de Xira, a Comissão de Utentes de Saúde de Vialonga alertava para a importância da administração da ULS “dar rapidamente provimento” aos pedidos que lhe foram enviados quer pela médica Camila Ribeiro, quer pela coordenação da USF de Vialonga. O objectivo era a transferência da clínica da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados da Póvoa de Santa Iria para a USF de Vialonga, “evitando assim que à já extensa lista de utentes sem médico de família se somem mais 1.900 inscritos, ao mesmo tempo que permite a uma jovem profissional sentir-se realizada por trabalhar no Serviço Nacional de Saúde”, apelava a comissão de utentes.
A ULS e a USF estavam em confronto desde que o médico Medina do Rosário saiu para dar consultas na vizinha USF de Vila Franca de Xira sem que a ULS tenha dado luz verde à contratação de uma médica para o substituir em Vialonga. Por isso, a coordenadora da USF de Vialonga não se conteve e veio lamentar publicamente estar há dois meses a tentar integrar sem sucesso uma médica para substituir Medina do Rosário.

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