Concurso para obra em edifício devoluto no centro de VFX fica deserto
Das três empresas consultadas pela Câmara de Vila Franca de Xira apenas uma apresentou proposta, 100 mil euros acima do valor proposto pelo município. Autarquia insiste na justiça do preço apresentado e vai repetir concurso público que visa a construção de três apartamentos no antigo edifício dos serviços sociais.
O concurso para a obra de reabilitação e requalificação de um edifício municipal na Avenida Pedro Victor, no centro de Vila Franca de Xira, ficou deserto porque das três empresas consultadas nenhuma quis fazer o trabalho pelo preço base pedido pela câmara, que rondava os 429 mil euros. Em causa está um edifício situado ao lado de outro, também propriedade municipal, que já viu a obra de requalificação adjudicada para construção de habitação a custos controlados. A Câmara de Vila Franca de Xira quer também mudar a face deste outro edifício, situado nos números 18 e 20 da avenida, onde em tempos funcionaram os serviços sociais da câmara, e neles construir três apartamentos de tipologias T0.
As três empresas consideraram impossível fazer a obra por 429 mil euros e apenas uma apresentou uma proposta alternativa, que ficava 100 mil euros mais cara. O município continua a considerar que não se justifica alterar o preço base do procedimento, para evitar gastos excessivos e desnecessários para o erário público municipal e por isso vai voltar a desenvolver um novo concurso público repetindo o valor.
“Vamos voltar a tentar esta versão na perspectiva de que possamos de forma mais célere desenvolver este procedimento para cumprir os prazos expectáveis da candidatura”, anunciou a vice-presidente do município, Marina Tiago, na última reunião de câmara em que foram aprovadas a não adjudicação e revogação de contratação e uma nova proposta de contratação, desta vez com convites enviados a cinco entidades.
Apesar das duas propostas terem sido aprovadas por unanimidade, o vereador da coligação Nova Geração (PSD/PPM/MPT), David Pato Ferreira, considerou que não faz sentido repetir a proposta com os mesmos valores quando nenhuma empresa quis fazer a obra por esses montantes. “Como é que esperam que agora seja diferente? Porque não revemos o caderno de encargos? Dificilmente vamos ter agora um resultado diferente”, lamentou o autarca, dizendo esperar que esta não seja uma tentativa de “encostar a obra no edifício às próximas eleições autárquicas”.