Pedro Ribeiro: “não estou dependente da política”
Para desilusão do PS de Santarém, que dava o seu nome como certo numa candidatura à câmara, Pedro Ribeiro garante que prefere ir trabalhar para as Finanças, onde tem lugar cativo.
Confessa que se tiver de ser funcionário público é porque precisa de pagar contas e não se está a ver num cargo de nomeação. Pedro Miguel César Ribeiro começou na política há três décadas, tendo sido vereador, vice-presidente e chegou a presidente da Câmara de Almeirim cumprindo um sonho, sendo também eleito pelos seus pares para dirigir a Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo. Diz que no Verão é que vai pensar na sua vida para depois das eleições, assegurando que não vai baixar o ritmo até ao último dia. No concelho costuma-se dizer que é um autarca que casou com a política, porque vai a todas as iniciativas e às tantas da noite ainda anda a ver se foi tapado um buraco numa estrada, mas, não sendo pessoa de revelar pormenores sobre a sua vida pessoal, desvenda que afinal além da política há mais alguém na sua vida.
Corre em Santarém que vai ser o candidato à câmara da capital de distrito. Já uma vez disse que não, mas agora até elementos do seu partido afirmam que vai concorrer.
Também ouvi dizer isso, mas não sou candidato. Também soube que andaram a fazer uma sondagem onde colocaram o meu nome e foi-me garantido que não é do PS e portanto isso não é assunto. Estou focado nas coisas que tenho que fazer e que quero fazer.
Sai da Câmara de Almeirim e depois continua ou não na política activa?
A política activa não depende de estar na câmara, não sei. Sou funcionário da administração tributária na repartição de Finanças em Rio Maior. É o meu lugar de origem e no Verão, quando faltar um ano para as eleições pensarei o que é que vou fazer.
Pode andar a dizer que vai para as Finanças, mas as pessoas não acreditam nisso. A questão de ter um lugar nesse organismo parece mais a tábua de salvação quando tudo falhar.
Há uma coisa que tenho de agradecer ao meu antecessor. Quando vim para a política o José Sousa Gomes disse-me que seria vereador sem tempo atribuído e que só seria vereador com remuneração a meio-tempo ou tempo inteiro se tivesse um emprego. Tinha pouco mais de 20 anos e não entendi. Depois percebi que não devia estar dependente da política. Tenho a agradecer esse e outros ensinamentos. Se não tiver mais nada volto para o meu lugar nas Finanças, onde já trabalhei quatro anos. Se me perguntarem se era feliz a fazer aquilo, não era. Mas uma coisa é ser feliz a fazer o que se gosta, outra coisa é ter que pagar contas no final do mês.