Bloco de Esquerda critica escolhas para o ambiente tomadas pelo executivo de Torres Novas
Bloquistas de Torres Novas argumentam contra decisões do executivo da Câmara de Torres Novas sobre o abate de árvores e plantação de flores que obrigam à rega com água potável.
Numa altura em que a Câmara de Torres Novas tem aprovado o Plano Municipal de Acção Climática, o Bloco de Esquerda (BE) considera um erro a decisão do “abate de várias árvores centenárias, incluindo sobreiros e azinheiras”, nas obras previstas para o caminho conhecido como Carreiro das Cobras, que liga o Bairro de Santo António à Avenida Andrade Corvo.
“O que para alguns é uma mais-valia - a preservação dum espaço com características rurais dentro da cidade - para a câmara municipal é um empecilho ao cimento e ao alcatrão”, lê-se na nota de imprensa enviada à redacção de O MIRANTE. No texto acrescenta-se que, neste caso, em vez de se preservar a qualidade de vida se estão a pôr à frente “interesses imobiliários, num concelho que tem loteamentos aprovados para muitos milhares de casas”.
O Bloco de Esquerda critica também o abate de árvores para a construção do Miradouro de São Pedro, na Rua Miguel Arnide, em terrenos da câmara municipal, que, afinal, após alteração ao projecto inicial vai ter um custo de 175 mil euros ao invés dos 75 mil euros iniciais.
Quanto às escolhas do executivo de maioria socialista para embelezamento de estradas e rotundas, nomeadamente no separador da Avenida João Paulo Segundo, os bloquistas consideram errada a plantação de flores que obrigou à aplicação de “centenas de metros de tubos de plástico para que a rega de realize com água potável”. O mesmo em relação às rotundas que, na opinião do BE, deviam ser embelezadas com árvores e arbustos que dispensem rega. “Para que é que aprovaram o Plano Municipal de Ação Climática? Na opinião do BE estamos a andar para trás. Definitivamente as alterações climáticas não são assunto para o PS/PSD/MPNT”, concluem no comunicado.