Heróis anónimos que ajudaram a fazer o 25 de Abril
Diversos antigos militares da Escola Prática de Cavalaria de Santarém regressaram à cidade 50 anos depois.
Diversos antigos militares da Escola Prática de Cavalaria de Santarém regressaram à cidade 50 anos depois para festejar meio século de liberdade na cidade de onde partiu a coluna de Salgueiro Maia para ajudar a derrubar o antigo regime. Um deles foi Alfredo Almeida, conhecido como Almeida das Transmissões, que na altura era soldado. “Foi uma noite diferente. Ia com muita expectativa, não sabíamos nada do que se estava a passar. A festa não se consegue descrever, tal foi a alegria”, conta a O MIRANTE depois de uma cerimónia realizada nos Paços do Concelho de Santarém na tarde de 24 de Abril. O lisboeta Alfredo Almeida sente-se “feliz e jovem” por estar em Santarém 50 anos depois. E finaliza com um mote: “Não se esqueçam: 25 de Abril sempre!”.
Jorge Crisóstomo, de Vila de Rei, também só se foi apercebendo aos poucos do que estava a acontecer. “O meu estado de espírito era voltar isto tudo ao contrário. Na altura já era revolucionário. Para mim andar na tropa era um castigo, andei cá dois anos e meio e era um castigo autêntico”, afirma. Cinquenta anos depois, considera que valeu a pena a coragem e determinação dos militares para mudar o estado a que Portugal tinha chegado. “Acho que melhorámos bastante. Quem disser o contrário acho que não a está a ver bem o filme”, declara.