Projecto em Tomar sensibiliza para quem enfrenta desafios “invisíveis à primeira vista”
Catarina Gestosa da Silva iniciou em 2020 um projecto de inclusão social em Tomar depois de sofrer de um problema oncológico. Objectivo é sensibilizar jovens de toda a região para os desafios que muita gente enfrenta e que não são visíveis à primeira vista.
Catarina da Silva é colaboradora convidada do projecto Ubuntu do Agrupamento de Escolas Nuno de Santa Maria, em Tomar, e responsável pelo projecto “Desenhar a Incapacidade Invisível”, que promove a inclusão e surge como uma resposta directa às necessidades de pessoas que enfrentam desafios que não são perceptíveis à primeira vista. “Estes desafios decorrem de condições de saúde como cancros, esclerose múltipla ou outras doenças incapacitantes, incluindo doenças crónicas. Muitas vezes estas condições exigem tratamentos tão invasivos quanto debilitantes, afectando o corpo e o bem-estar emocional dos seus portadores que ao tentarem exercer os seus direitos, seja em contexto profissional, escolar, social, levam à incompreensão, estigmatização, carência e/ou preconceito, devido à sua invisibilidade”, refere a responsável.
Catarina da Silva iniciou o projecto em 2020 na sequência da sua experiência pessoal como doente oncológica, com uma incapacidade (quase invisível) de 74%. “O projecto pretende destacar a importância crucial de sensibilizar para a questão e assim promover uma verdadeira cultura de inclusão, que reconheça e respeite as necessidades dos portadores de incapacidades invisíveis, contribuindo para um ambiente mais empático e acessível”, sublinha, acrescentando que a sua área de intervenção são as escolas e que pretende replicar o projecto por vários concelhos da região.