Sociedade | 13-05-2024 10:00

Carta anónima acusa comandante dos Bombeiros Municipais de Alcanena de ameaças, chantagem e corrupção

Entre as várias acusações ao comandante Paulo Silva destacam-se ameaças, chantagens e desvio de fundos públicos. Presidente do município informa que a carta está em avaliação nos serviços jurídicos municipais.

Na última Assembleia Municipal de Alcanena, Nuno Santos, presidente da concelhia do Chega em Alcanena deu a conhecer uma carta anónima que lhe foi enviada com acusações de ameaças e abuso de autoridade ao comandante dos Bombeiros Municipais de Alcanena, Paulo Silva. A carta foi enviada para a distrital de Santarém do partido Chega e dirigida a Nuno Santos. O presidente da Câmara de Alcanena, Rui Anastácio, confirmou já ter tomado conhecimento da carta, assim como o restante executivo, e afirmou ter entregue o documento ao gabinete jurídico, estando a ser alvo de análise para, caso se confirmem as acusações, seguir para inquérito.
Um dos aspectos citados na carta é o facto de, alegadamente, o comandante Paulo Silva e o adjunto Sancho Dias, trabalharem no mesmo horário no comando sub-regional do Médio Tejo e na câmara municipal, recebendo salário das duas entidades. Ameaças, castigos e represálias aos operacionais por direitos sindicais ou escolhas políticas são outras das acusações feitas, afirmando-se que o abuso de autoridade dos superiores do comando cria um clima de medo e desconfiança entre os operacionais.
Operacionais que não fazem turnos e recebem subsídio de turno, objectos de luxo e equipamentos de última geração nos escritórios dos elementos de maior patente e uso dos meios à disposição para benefício próprio são outras acusações que constam na carta. O MIRANTE contactou o presidente da Câmara de Alcanena, Rui Anastácio, que afirmou não querer acrescentar mais nada ao que já havia dito na assembleia municipal. O comandante Paulo Silva foi igualmente contactado pelo nosso jornal, mas não sendo autorizado pelo presidente do município também não teceu comentários.
Outra das acusações que constam na carta fala de uma alegada doação de 500 euros, em dinheiro, por parte de um munícipe ao município que não foi informada nem declarada. Segundo Rui Anastácio, o donativo foi feito como outros tantos são, no entanto, com a excepção de não ter seguido um procedimento formal e oficial, já estando agendado para ser debatido na próxima reunião camarária. No entanto, na reunião do dia 6 de Maio, a primeira depois da assembleia, o ponto não constou da ordem de trabalhos. Nuno Santos estranha a demora em apresentar a situação ao executivo, uma vez que, segundo diz, a quantia foi doada há mais de dois meses.

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