Turismo do Centro reclama investimentos nas acessibilidades da região
A Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal saúda decisão sobre o novo aeroporto mas diz que opção Santarém seria mais adequada para a coesão territorial do país.
O Turismo do Centro saudou que “finalmente” exista uma solução para o novo aeroporto da região de Lisboa, no Campo de Tiro de da Força Aérea, no concelho de Benavente, mas salientou que a opção Santarém seria mais adequada para a coesão territorial. “Um aeroporto que, além de Lisboa, servisse os interesses do resto do país, como era a opção Santarém, teria sido mais adequado para a coesão territorial”, refere a entidade em comunicado.
“O Centro de Portugal vai continuar a ser a única região do país que não é servida por um aeroporto”, refere a Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal, lembrando que esta região tem “múltiplas razões de queixa a nível das acessibilidades”. Não tendo sido Santarém a opção escolhida, o Turismo do Centro apela aos decisores políticos para que olhem “com atenção redobrada para a necessidade de investir nas acessibilidades” da região e que “desenvolvam, já a partir de hoje, um plano de mobilidade que sirva de forma adequada todo o território”.
Na nota, a entidade recorda ainda que a região Centro tem cem municípios, grande parte deles no interior, e é um território mal servido pela ferrovia, considerando que a aposta “na mobilidade suave, com reforço da linha ferroviária, é essencial”. Na rede viária, acrescenta, é prioritário avançar com a transformação do Itinerário Principal (IP3) em autoestrada, assim como executar “o prometido IC31 [Itinerário Complementar]”, entre a autoestrada 23 (A23) e Espanha, via Monfortinho, entre outras obras.
“São investimentos prioritários e que o país precisa de realizar, sob pena de as assimetrias regionais se agravarem. Estamos certos de que o Centro de Portugal, quem aqui vive, trabalha ou visita, não merece menos do que isto”, refere ainda o Turismo do Centro.