Sociedade | 15-05-2024 12:00

Alcanena estuda solução de secagem de lamas para acabar com os maus cheiros

Maus cheiros voltam a atormentar a população de Alcanena com a subida da temperatura do ar. Secagem de lamas do aterro é uma possibilidade em estudo para acabar com problema de anos.

Com o aumento das temperaturas, os maus odores voltaram a atormentar a população de Alcanena. Na reunião camarária do dia 24 de Abril, o assunto voltou a ser colocado pela oposição. O vereador Nuno Silva fez saber que tem sido realizada uma monitorização junto de quatro pontos estratégicos e que tem tido reuniões frequentes com o gabinete jurídico de foram a avaliar o que pode ser feito para penalizar as indústrias poluidoras. O vereador explica ainda que com o aumento de temperaturas é normal o odor das lamas do aterro ser mais intenso.
Nuno Silva afirma que existe uma garantia de destino final para as lamas e uma possível solução para um problema de anos. “Estamos a trabalhar com um fornecedor para a secagem de lamas. É uma pessoa com muita experiência por todo o mundo e que tem uma unidade piloto na Suécia”, disse, acrescentando que estava prevista para 2 de Maio uma reunião para falar sobre as possibilidades para o problema dos maus cheiros no aterro.
O mesmo vereador conta que o objectivo é fazer um teste antes de se avançar para a solução final que acarreta um investimento de milhões de euros. Ainda assim, apesar dos custos, admite que pode ser a solução escolhida se houver a garantia de que resolve o problema dos maus cheiros que se arrasta há anos. O teste piloto está previsto ser realizado nos próximos meses e já existe um orçamento base. Recorde-se que para o ano de 2024, o município tinha cerca de 750 mil euros para investir em soluções para as lamas do aterro.

Problema sem fim à vista
Tal como já foi notícia em várias edições de O MIRANTE, o tema da poluição e maus cheiros em Alcanena causados por algumas empresas ligadas ao sector dos curtumes é recorrente em reuniões camarárias. Sobre as lamas da ETAR, o executivo tem tido muitas dificuldades em arranjar um destino final para a colocação desses resíduos. Rui Anastácio, presidente do executivo, não considera o aterro uma solução uma vez que se encontra a cerca de meio quilómetro de algumas habitações.
Sobre as empresas poluidoras, o presidente da câmara garantiu que poderá tomar medidas extremas caso as empresas continuem a não cumprir com as suas obrigações. Rui Anastácio afirmou que, em último caso, o município poderá decretar o encerramento das indústrias que não cumpram com os requisitos. Na reunião, que se realizou a 2 de Outubro de 2023, Rui Anastácio explicou que a empresa municipal Aquanena tem fiscalizado diariamente os processos de pré-tratamento das fábricas.

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